{"title":"智能设计的历史批判方法及其在巴西的到来","authors":"Cristiano Roberto Hentges, A. Araújo","doi":"10.11606/issn.2178-6224v15p01-19","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma breve história do movimento criacionista representado hoje pelos defensores do Design inteligente (DI). Estes se colocam como proponentes de uma teoria científica em confronto explícito com os defensores da teoria da evolução biológica. Discute dois conceitos neocriacionistas mediante críticas que lhes foram feitas por evolucionistas. Com o objetivo de retomar momentos históricos relevantes, relata brevemente as principais disputas jurídicas entre o criacionismo e a teoria da evolução biológica que ocorreram nos Estados Unidos ao longo do século XX, caracterizando algumas das estratégias utilizadas de ambos os lados do confronto. Levando em conta o estabelecimento de um centro de pesquisa de design inteligente em 2017, procura apontar outras ações recentes voltadas à inclusão do criacionismo no currículo da escola básica no país, notadamente, dois projetos de lei em nível federal. O artigo também analisa entrevistas de alguns defensores do design inteligente com o objetivo de identificar estratégias de seus argumentos. Conclui-se que os conceitos defendidos pelos proponentes do design inteligente não têm correspondência com as evidências científicas discutidas por eles, o que torna ilegítima a pretensão de cientificidade alegada. Estima-se ainda que a comunidade acadêmica deve posicionar-se franca e ativamente em defesa do ensino da teoria da evolução biológica, teoria consensual e cientificamente exclusiva que fundamenta os estudos da vida.","PeriodicalId":314079,"journal":{"name":"Filosofia e História da Biologia","volume":"67 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Uma abordagem histórico-crítica do Design Inteligente e sua chegada ao Brasil\",\"authors\":\"Cristiano Roberto Hentges, A. Araújo\",\"doi\":\"10.11606/issn.2178-6224v15p01-19\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo apresenta uma breve história do movimento criacionista representado hoje pelos defensores do Design inteligente (DI). Estes se colocam como proponentes de uma teoria científica em confronto explícito com os defensores da teoria da evolução biológica. Discute dois conceitos neocriacionistas mediante críticas que lhes foram feitas por evolucionistas. Com o objetivo de retomar momentos históricos relevantes, relata brevemente as principais disputas jurídicas entre o criacionismo e a teoria da evolução biológica que ocorreram nos Estados Unidos ao longo do século XX, caracterizando algumas das estratégias utilizadas de ambos os lados do confronto. Levando em conta o estabelecimento de um centro de pesquisa de design inteligente em 2017, procura apontar outras ações recentes voltadas à inclusão do criacionismo no currículo da escola básica no país, notadamente, dois projetos de lei em nível federal. O artigo também analisa entrevistas de alguns defensores do design inteligente com o objetivo de identificar estratégias de seus argumentos. Conclui-se que os conceitos defendidos pelos proponentes do design inteligente não têm correspondência com as evidências científicas discutidas por eles, o que torna ilegítima a pretensão de cientificidade alegada. Estima-se ainda que a comunidade acadêmica deve posicionar-se franca e ativamente em defesa do ensino da teoria da evolução biológica, teoria consensual e cientificamente exclusiva que fundamenta os estudos da vida.\",\"PeriodicalId\":314079,\"journal\":{\"name\":\"Filosofia e História da Biologia\",\"volume\":\"67 1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-11-17\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Filosofia e História da Biologia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.2178-6224v15p01-19\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Filosofia e História da Biologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2178-6224v15p01-19","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Uma abordagem histórico-crítica do Design Inteligente e sua chegada ao Brasil
Este artigo apresenta uma breve história do movimento criacionista representado hoje pelos defensores do Design inteligente (DI). Estes se colocam como proponentes de uma teoria científica em confronto explícito com os defensores da teoria da evolução biológica. Discute dois conceitos neocriacionistas mediante críticas que lhes foram feitas por evolucionistas. Com o objetivo de retomar momentos históricos relevantes, relata brevemente as principais disputas jurídicas entre o criacionismo e a teoria da evolução biológica que ocorreram nos Estados Unidos ao longo do século XX, caracterizando algumas das estratégias utilizadas de ambos os lados do confronto. Levando em conta o estabelecimento de um centro de pesquisa de design inteligente em 2017, procura apontar outras ações recentes voltadas à inclusão do criacionismo no currículo da escola básica no país, notadamente, dois projetos de lei em nível federal. O artigo também analisa entrevistas de alguns defensores do design inteligente com o objetivo de identificar estratégias de seus argumentos. Conclui-se que os conceitos defendidos pelos proponentes do design inteligente não têm correspondência com as evidências científicas discutidas por eles, o que torna ilegítima a pretensão de cientificidade alegada. Estima-se ainda que a comunidade acadêmica deve posicionar-se franca e ativamente em defesa do ensino da teoria da evolução biológica, teoria consensual e cientificamente exclusiva que fundamenta os estudos da vida.