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Cooperativismo e Turismo: a pobreza como eixo discursivo da agenda neoliberal
A teoria do desenvolvimento sem dúvida abriu uma brecha entre os intelectuais, o que se baseia em seus efeitos. Parte da biblioteca ou literatura especializada chama atenção para a dependência de estados pobres em relação às agências internacionais de financiamento tais como o FMI ou o Banco Mundial, enquanto outros destacam os benefícios de desenvolvimento que, associado ao turismo, tirou certas economias emergentes da estagnação econômica. Este artigo explora teoricamente parte das limitações e vantagens da teoria do desenvolvimento aplicada ao turismo e a hospitalidade; e o faz através de uma de suas formas mais concretas, o cooperativismo. Ele resgata o papel da ética como princípio que vai além da lógica instrumental do mercado, fortalecendo a resiliência comunitária a longo prazo. Paradoxalmente, como enfatizaram Comaroff e Comaroff, o cooperativismo ameaça (sob certas circunstâncias) a governabilidade dos Estados-nação, criando o clima para conflitos sociais e políticos. Nos últimos anos, alguns especialistas têm chamado a atenção para as limitações da comoditização da pobreza, eixo central para o cooperativismo.
Palavras-chave: Pobreza; Desenvolvimento; Dependência; Cooperativismo; Turismo Sustentável.