康德与“为什么是道德的?”

K. Utz
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摘要

弗朗西斯·赫伯特·布拉德利(Francis Herbert Bradley)在学术哲学辩论的背景下明确提出了“为什么是道德的”这个问题,在寻求康德的答案时,读者们产生了分歧。有些人认为,如Gerold Prauss,康德否认这种答案的可能性,并说道德必须被接受为一个简单的给定事实,“理性的事实”。然而,由于这种直接主义或“先验决策主义”似乎不令人满意,另一群人提倡所谓的“理性行为人的解释”,在这种解释中,理性行为人提出了最高的、绝对的价值,这是道德的基础,并由此提出了我们必须采取道德行动的理由。但这样的绝对值要么已经是道德的,要么对“为什么是道德的”这个问题的回答就进入了一个恶性循环。或者,这种价值使道德依赖于道德之外的东西,根据康德的说法,这将摧毁所有的道德。这个问题的解决方法如下:康德不是从一个非道德的假设中推导出道德,也不是简单地假定道德本身,而是解释了道德的起源。它源于实践理性,而实践理性反过来又构成了它的自主性。就其起源而言,道德不仅仅是一种假设的衍生,而是一种全新的、原创的、自主的东西。另一方面,确实存在道德的基础,即道德构成的可理解过程。因此,康德避免了直接性:道德不需要被简单地接受为纯粹的事实,而是可以被理性理解。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Kant e a questão “por quê ser moral?”
A questão “por quê ser moral”, que foi formulada expressamente no contexto do debate filosófico acadêmico por Francis Herbert Bradley, divide os leitores quando buscam sua resposta em Kant. Uns acham, como Gerold Prauss, que Kant negue a possibilidade de tal resposta e diga que a moral precisa ser aceita como um fato simplesmente dado, o “fato da razão”. Contudo, como tal imediatismo ou “decisionismo transcendental” parece insatisfatório, um outro grupo defende a assim chamada “interpretação do agente racional”, onde este último apresenta o valor supremo, absoluto, que fundamenta a moral e, com isso, apresenta a razão em virtude da qual devemos agir moralmente. Mas tal valor absoluto ou já é moral, mas então a resposta dada à questão “por quê ser moral” entra num círculo vicioso. Ou tal valor faz a moral depender de algo fora da moral o que, conforme Kant, destruiria toda moral. A solução do problema é a seguinte: Kant não deriva a moral de um pressuposto extramoral nem pressupõe a própria moral como simplesmente dada, mas explica o originar da moral. Ela origina da razão prática pela volta dessa razão sobre si mesma que constitui sua autonomia. Por este seu originar, a moral não é uma mera derivação de algo pressuposto, mas algo radicalmente novo, original, autónomo. Pelo outro lado, existe, sim, uma fundamentação da moral, i.e., um processo compreensível de sua constituição. Com isso, Kant evita o imediatismo: a moral não precisa ser simplesmente aceita como um fato puro, mas pode ser compreendida pela razão.
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