{"title":"Anos 1960","authors":"Alexandre Fernandes Vaz","doi":"10.20396/resgate.v29i00.8668796","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os anos 1960 são conhecidos como tempos de convulsão cultural e política. É certo que eles congregaram uma série de movimentos e viram emergir novos personagens e protagonistas na cena social, que o corpo e a juventude chegaram para rivalizar com a sabedoria e a maturidade. Costuma-se dizer que tal década constitui-se em momento de ruptura, o que não deixa de ser verdadeiro, uma vez que ela abriga uma geração que questiona suas antecessoras, tanto pela responsabilidade com a quase destruição do mundo perpetrada pela Segunda Guerra Mundial, como pelo conformismo e a resignação que marcaram os anos 1950, postura de muitos perante a reconstrução da Europa e da Ásia, motivada ainda pelos primeiros momentos do estado de bem-estar social centro-europeu.\nPor outro lado, a década de sessenta do século passado foi um tempo de respostas eventualmente radicais a problemas que se apresentaram com formas e conteúdos vários, ainda que, com frequência, partidários do mesmo impulso libertário, em diferentes regiões do mundo, ou mesmo no interior de uma mesma nação. Seria falso, portanto, tomá-la como bloco unívoco de acontecimentos, e ainda limitar aquela experiência histórica aos limites da cronologia que aparentemente lhe dá moldura. Se foram muitas as décadas em uma, igualmente as forças e fragilidades que lhe identificam podem ser vistas em anos anteriores, assim como seus ecos percebidos ainda hoje na composição do presente.\nA Guerra Fria, o embate entre os países alinhados à OTAN e aqueles sob o Pacto de Varsóvia, encontrou nos anos 1960 momentos de grande expressão. Foi quando Cuba reconheceu sua revolução como marxista-leninista e logo viu seu território sofrer tentativas de invasão, mas também ser alocado para a instalação de mísseis nucleares; o Muro de Berlim foi construído; as guerras de descolonização na África e na Ásia foram intensas; a América do Sul e a América Central viram golpes de Estado instituírem governos autoritários e as correspondentes tentativas de derrubá-los.\nDe questão geopolítica, a Guerra do Vietnã, no sudeste asiático, se tornou também um forte embate cultural, que opôs a juventude estadunidense e europeia à intervenção dos Estados Unidos da América naquele país. Tal posição, por sua vez, se ligava à ascensão do corpo como legítimo lugar do desejo, expressão da paz vinculada à sexualidade livre, à igualdade de gênero, à descriminalização da homossexualidade, à alimentação saudável, à defesa do meio-ambiente, ao fim do racismo. É provável que o principal intelectual a dar forma a esse espírito tenha sido Herbert Marcuse, um arauto do encontro crítico entre psicanálise e marxismo e, não por acaso, o principal professor da então estudante, hoje professora titular aposentada, Angela Davis, referência central dos movimentos pela emancipação de afro-americanos de todo o continente.\nDiz-se com frequência que os anos 1960 foram uma década de rebeldia e reivindicações juvenis, como o que foi até agora escrito acima deixa ver, mas isso acontece também por demarcação imaginária dos discursos sobre 1968, ano conhecido pelo seu mês de maio e as revoltas estudantis na França. A esse contexto corresponde um dos movimentos estéticos mais importantes do cinema e mesmo das artes em geral, a Nouvelle Vague, cujo expoente, Jean-Luc Godard, era simpatizante dos estudantes maoístas e esteve nas ruas durante os combates em Paris. Os jovens, por sua vez, demandavam novas relações com professores e com a instituição universitária, vista como fossilizada e arcaica. Agendavam o fim da arquitetura dos anfiteatros, que impunha um lugar privilegiado para o docente, e do regime de avaliações, que destruía as energias libidinais.\nO novo cinema não aconteceu apenas na França, mas em outros países, como a Alemanha, com Wim Wenders, Alexander Kluge, Rainer Werner Fassbinder e Werner Herzog, entre outros, e no Brasil, com o Cinema Novo. Realizadores como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, além de fotógrafos como Dib Luft e Luiz Carlos Barreto, desenvolveram uma estética da fome e uma fotografia à contraluz, priorizando temas políticos e libertários em suas narrativas.\nNo Brasil, o Cinema Novo não estava sozinho, mas convivia com as propostas underground de Rogério Sganzerla e as existencialistas de Walter Hugo Khouri, assim como encontrava contraparte musical na Tropicália, cuja memória mais completa é o livro de Caetano Veloso, Verdade Tropical. Este movimento estético, liderado pelo músico e por Gilberto Gil, que retoma e atualiza o Modernismo de 1922, teria, no entanto, se enfraquecido, segundo Roberto Schwarz (Martinha versus Lucrécia), como oposição à ditadura civil-militar que tiranizaria o país durante duas décadas. A contracultura seria nesse registro, não necessariamente crítica política. \nO caráter libertário dos anos 1960 encontra seu desiderato também no liberalismo, de forma que herdeiros de Woodstock podem ser vistos nas redações de jornais e na produção de conteúdo publicitário, como também em Wall Street. As contradições só tornam aquela década mais interessante, fazendo com que o conhecimento sobre ela, agora que ela vai longe em 50 anos, seja algo constantemente renovado, já que as narrações, intepretações e ecos da memória e da história vão ganhando novas camadas e perdendo velhas linhas de força.\nForam anos de Susan Sontag e José Agripino de Paula, de Marta Minujín e Che Guevara, da redescoberta de Walter Benjamin e do massacre de Tlatelolco, de Daniel Cohn-Bendit e Wilson Simonal, da educação alternativa da Glockseeschule e de Celso Furtado, de Charles Manson e Malcon X, de Mary McCarthy e Clarice Lispector, das ditaduras latino-americanas e de Blow-up.\nÉ considerando este quadro amplo e contraditório, precário e intenso, de anos ricos e também idealizados, que o dossiê Anos 1960: cultura e política espera contribuições com diferentes abordagens metodológicas e temáticas, que se dediquem a temas específicos ou procurem perspectivas mais amplas, conceituais ou empíricas, comparadas ou não. Iniciativas que possam trazer olhares renovados sobre o tema serão valorizadas.","PeriodicalId":425350,"journal":{"name":"Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/resgate.v29i00.8668796","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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摘要
20世纪60年代被称为文化和政治动荡时期。可以肯定的是,他们聚集了一系列的运动,在社会舞台上看到了新的人物和主角的出现,身体和青春已经到来,可以与智慧和成熟相媲美。你说,这十年是一瞬间的,什么是真实的,因为她多留一代前辈,开始质疑的世界几乎毁灭行为责任和第二次世界大战的趋同性和辞职的1950年代,许多式重建欧洲和亚洲,动力还早期的欧洲福利国家中心。另一方面,上个世纪60年代是对各种形式和内容出现的问题作出激进反应的时期,尽管在世界不同地区,甚至在同一国家内部,往往是同一自由意志主义冲动的支持者。因此,把它看作是一个单一的事件块,并把历史经验限制在显然为它提供框架的年表的范围内,是错误的。如果说几十年过去了,那么识别它的优势和弱点也可以在前几年看到,就像它在今天的构成中所感受到的回声一样。冷战,北约成员国和华沙条约组织成员国之间的冲突,在20世纪60年代找到了伟大的表达时刻。当时古巴承认其革命是马列主义的,并很快看到其领土遭受入侵企图,但也被分配用于安装核导弹;柏林墙建成了;非洲和亚洲的非殖民化战争是激烈的;在南美洲和中美洲,政变建立了独裁政府,并试图推翻他们。从地缘政治的角度来看,东南亚的越南战争也成为了一场强烈的文化冲突,美国和欧洲的年轻人反对美国对该国的干预。反过来,这一立场与身体作为欲望的合法场所的崛起有关,和平的表达与自由的性行为、性别平等、同性恋合法化、健康饮食、环境保护和种族主义的结束有关。知识很可能主要塑造的赫伯特·马尔库塞,这种精神是恶兆和马克思主义和精神分析的批评会晤,并不是偶然,主要教授学生,今天退休教授安吉拉·戴维斯提到中央大陆的黑人解放运动。人们常说,20世纪60年代是反叛和青年主张的十年,正如上面所写的那样,但这也发生在1968年的演讲中,1968年以五月和法国学生起义而闻名。与此背景相对应的是电影和艺术中最重要的美学运动之一,新浪潮运动,其倡导者让-卢克·戈达尔(Jean-Luc Godard)是毛派学生的同情者,在巴黎的战斗中出现在街头。反过来,年轻人要求与教师和大学建立新的关系,这被认为是僵化和过时的。他们计划结束为教师提供特权场所的圆形剧场建筑,以及摧毁性欲能量的评估制度。novo cinema不仅发生在法国,也发生在其他国家,比如德国的维姆·文德斯(Wim Wenders)、亚历山大·克鲁格(Alexander Kluge)、雷纳·维尔纳·法斯宾德(Rainer Werner Fassbinder)和维尔纳·赫尔佐格(Werner Herzog)等人,以及巴西的cinema novo。格劳伯·罗查(Glauber Rocha)、莱昂·赫什曼(Leon Hirszman)、若阿金·佩德罗·德安德拉德(Joaquim Pedro de Andrade)等导演,以及迪布·勒夫特(Dib Luft)和路易斯·卡洛斯·巴雷托(Luiz Carlos Barreto)等摄影师,发展了一种饥饿美学和背光摄影,在叙事中优先考虑政治和自由主义主题。在巴西,Cinema Novo并不孤单,但它与rogerio Sganzerla的地下提议和Walter Hugo Khouri的存在主义共存,就像它在tropicalia中找到了音乐对应物,其最完整的记忆是Caetano Veloso的书Verdade Tropical。然而,根据罗伯托·施瓦茨(Martinha versus lucrecia)的说法,这一由音乐家和吉尔伯托·吉尔(Gilberto Gil)领导的美学运动,恢复并更新了1922年的现代主义,作为对将统治这个国家20年的文武独裁的反对,已经减弱了。反主流文化将在这方面发挥作用,而不一定是政治批评。 20世纪60年代的自由意志主义特征也在自由主义中找到了它的需求,因此伍德斯托克的继承者可以在报纸编辑部和广告内容的制作中看到,就像在华尔街一样。矛盾只会让那十年变得更有趣,让关于它的知识在50年后不断更新,因为记忆和历史的叙述、解释和回声获得了新的层次,失去了旧的力量线。多年了苏珊·桑塔格和约瑟夫Agripino保,貂皮大衣Minujín和切格瓦拉,本雅明的重新发现和屠杀的威尔逊和丹尼尔·科恩特Simonal Glockseeschule的另类教育和克被查尔斯•曼森和马尔科姆·X的玛丽·麦卡锡和克拉丽斯Lispector拉美独裁和放大。正是考虑到这一广泛而矛盾的框架,不稳定而紧张,丰富而理想化的年代,《1960年代:文化和政治》档案期待着不同的方法和主题方法的贡献,这些方法和主题致力于特定的主题或寻求更广泛的观点,概念或经验,比较或不比较。将重视对这一主题提出新的看法的倡议。 20世纪60年代的自由意志主义特征也在自由主义中找到了它的需求,因此伍德斯托克的继承者可以在报纸编辑部和广告内容的制作中看到,就像在华尔街一样。矛盾只会让那十年变得更有趣,让关于它的知识在50年后不断更新,因为记忆和历史的叙述、解释和回声获得了新的层次,失去了旧的力量线。多年了苏珊·桑塔格和约瑟夫Agripino保,貂皮大衣Minujín和切格瓦拉,本雅明的重新发现和屠杀的威尔逊和丹尼尔·科恩特Simonal Glockseeschule的另类教育和克被查尔斯•曼森和马尔科姆·X的玛丽·麦卡锡和克拉丽斯Lispector拉美独裁和放大。正是考虑到这一广泛而矛盾的框架,不稳定而紧张,丰富而理想化的年代,《1960年代:文化和政治》档案期待着不同的方法和主题方法的贡献,这些方法和主题致力于特定的主题或寻求更广泛的观点,概念或经验,比较或不比较。将重视对这一主题提出新的看法的倡议。
Os anos 1960 são conhecidos como tempos de convulsão cultural e política. É certo que eles congregaram uma série de movimentos e viram emergir novos personagens e protagonistas na cena social, que o corpo e a juventude chegaram para rivalizar com a sabedoria e a maturidade. Costuma-se dizer que tal década constitui-se em momento de ruptura, o que não deixa de ser verdadeiro, uma vez que ela abriga uma geração que questiona suas antecessoras, tanto pela responsabilidade com a quase destruição do mundo perpetrada pela Segunda Guerra Mundial, como pelo conformismo e a resignação que marcaram os anos 1950, postura de muitos perante a reconstrução da Europa e da Ásia, motivada ainda pelos primeiros momentos do estado de bem-estar social centro-europeu.
Por outro lado, a década de sessenta do século passado foi um tempo de respostas eventualmente radicais a problemas que se apresentaram com formas e conteúdos vários, ainda que, com frequência, partidários do mesmo impulso libertário, em diferentes regiões do mundo, ou mesmo no interior de uma mesma nação. Seria falso, portanto, tomá-la como bloco unívoco de acontecimentos, e ainda limitar aquela experiência histórica aos limites da cronologia que aparentemente lhe dá moldura. Se foram muitas as décadas em uma, igualmente as forças e fragilidades que lhe identificam podem ser vistas em anos anteriores, assim como seus ecos percebidos ainda hoje na composição do presente.
A Guerra Fria, o embate entre os países alinhados à OTAN e aqueles sob o Pacto de Varsóvia, encontrou nos anos 1960 momentos de grande expressão. Foi quando Cuba reconheceu sua revolução como marxista-leninista e logo viu seu território sofrer tentativas de invasão, mas também ser alocado para a instalação de mísseis nucleares; o Muro de Berlim foi construído; as guerras de descolonização na África e na Ásia foram intensas; a América do Sul e a América Central viram golpes de Estado instituírem governos autoritários e as correspondentes tentativas de derrubá-los.
De questão geopolítica, a Guerra do Vietnã, no sudeste asiático, se tornou também um forte embate cultural, que opôs a juventude estadunidense e europeia à intervenção dos Estados Unidos da América naquele país. Tal posição, por sua vez, se ligava à ascensão do corpo como legítimo lugar do desejo, expressão da paz vinculada à sexualidade livre, à igualdade de gênero, à descriminalização da homossexualidade, à alimentação saudável, à defesa do meio-ambiente, ao fim do racismo. É provável que o principal intelectual a dar forma a esse espírito tenha sido Herbert Marcuse, um arauto do encontro crítico entre psicanálise e marxismo e, não por acaso, o principal professor da então estudante, hoje professora titular aposentada, Angela Davis, referência central dos movimentos pela emancipação de afro-americanos de todo o continente.
Diz-se com frequência que os anos 1960 foram uma década de rebeldia e reivindicações juvenis, como o que foi até agora escrito acima deixa ver, mas isso acontece também por demarcação imaginária dos discursos sobre 1968, ano conhecido pelo seu mês de maio e as revoltas estudantis na França. A esse contexto corresponde um dos movimentos estéticos mais importantes do cinema e mesmo das artes em geral, a Nouvelle Vague, cujo expoente, Jean-Luc Godard, era simpatizante dos estudantes maoístas e esteve nas ruas durante os combates em Paris. Os jovens, por sua vez, demandavam novas relações com professores e com a instituição universitária, vista como fossilizada e arcaica. Agendavam o fim da arquitetura dos anfiteatros, que impunha um lugar privilegiado para o docente, e do regime de avaliações, que destruía as energias libidinais.
O novo cinema não aconteceu apenas na França, mas em outros países, como a Alemanha, com Wim Wenders, Alexander Kluge, Rainer Werner Fassbinder e Werner Herzog, entre outros, e no Brasil, com o Cinema Novo. Realizadores como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, além de fotógrafos como Dib Luft e Luiz Carlos Barreto, desenvolveram uma estética da fome e uma fotografia à contraluz, priorizando temas políticos e libertários em suas narrativas.
No Brasil, o Cinema Novo não estava sozinho, mas convivia com as propostas underground de Rogério Sganzerla e as existencialistas de Walter Hugo Khouri, assim como encontrava contraparte musical na Tropicália, cuja memória mais completa é o livro de Caetano Veloso, Verdade Tropical. Este movimento estético, liderado pelo músico e por Gilberto Gil, que retoma e atualiza o Modernismo de 1922, teria, no entanto, se enfraquecido, segundo Roberto Schwarz (Martinha versus Lucrécia), como oposição à ditadura civil-militar que tiranizaria o país durante duas décadas. A contracultura seria nesse registro, não necessariamente crítica política.
O caráter libertário dos anos 1960 encontra seu desiderato também no liberalismo, de forma que herdeiros de Woodstock podem ser vistos nas redações de jornais e na produção de conteúdo publicitário, como também em Wall Street. As contradições só tornam aquela década mais interessante, fazendo com que o conhecimento sobre ela, agora que ela vai longe em 50 anos, seja algo constantemente renovado, já que as narrações, intepretações e ecos da memória e da história vão ganhando novas camadas e perdendo velhas linhas de força.
Foram anos de Susan Sontag e José Agripino de Paula, de Marta Minujín e Che Guevara, da redescoberta de Walter Benjamin e do massacre de Tlatelolco, de Daniel Cohn-Bendit e Wilson Simonal, da educação alternativa da Glockseeschule e de Celso Furtado, de Charles Manson e Malcon X, de Mary McCarthy e Clarice Lispector, das ditaduras latino-americanas e de Blow-up.
É considerando este quadro amplo e contraditório, precário e intenso, de anos ricos e também idealizados, que o dossiê Anos 1960: cultura e política espera contribuições com diferentes abordagens metodológicas e temáticas, que se dediquem a temas específicos ou procurem perspectivas mais amplas, conceituais ou empíricas, comparadas ou não. Iniciativas que possam trazer olhares renovados sobre o tema serão valorizadas.