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Com base no corpus selecionado, concluímos que, mesmo o MST sendo o protagonista no debate sobre a necessidade de mudança no modo de produção das práticas alimentares voltado para uma agricultura agroecológica e para a soberania alimentar, isso não tem tido efeito para transformar a matriz de produção nas unidades familiares dos assentamentos. Constatamos esse fato nas palavras dos próprios assentados/agricultores, os quais, embora tenham demonstrado assimilar o conceito/a noção de soberania alimentar pela ótica do MST, efetivamente não a praticam. 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摘要
近几十年来,与La Via Campesina有关的各种农村社会运动在其原则中内化了基于粮食主权/农业生态的新价值观,旨在建立新的粮食做法。在此背景下,本研究旨在分析无地农村工人运动(MST)和移民/农民如何吸收、内化和实践对粮食主权的理解。本研究采用定性研究的方法,包括对粮食主权概念的历史方面和基础的理论回顾,以及对MST产生的文件的分析,以及对parana西部地区10名定居者的半结构化访谈。主体选择的基础上,我们得出结论,尽管他们的MST主演在讨论需求的生产方式的变化的饮食习惯回到agroecológica农业和粮食安全,这将影响到生产的家庭单位矩阵的定居点。我们从定居者/农民自己的话语中发现了这一事实,尽管他们已经证明从MST的角度吸收了粮食主权的概念/概念,但实际上并没有实践它。我们知道,这种范式转变不仅取决于MST,而且还包括国家和社会各部门的参与,以便在定居空间发生有效的变化,以实现粮食主权和农业生态实践。
Internalização da soberania alimentar: desafios do MST em construir caminhos alternativos
Nas últimas décadas, vários movimentos sociais do campo ligado à La Via Campesina têm internalizado em seus princípios novos valores com base na soberania alimentar/Agroecologia, com vistas à construção de novas práticas alimentares. Dentro dessa conjuntura, esta pesquisa objetivou analisar como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e os assentados/agricultores assimilam, interiorizam e praticam o entendimento sobre soberania alimentar. O estudo tem abordagem qualitativa, envolvendo revisão teórica referente aos aspectos e fundamentos históricos do conceito de soberania alimentar, juntamente com análise dos documentos produzidos pelo MST e da realização de entrevistas semiestruturadas com 10 assentados da região Oeste do Paraná. Com base no corpus selecionado, concluímos que, mesmo o MST sendo o protagonista no debate sobre a necessidade de mudança no modo de produção das práticas alimentares voltado para uma agricultura agroecológica e para a soberania alimentar, isso não tem tido efeito para transformar a matriz de produção nas unidades familiares dos assentamentos. Constatamos esse fato nas palavras dos próprios assentados/agricultores, os quais, embora tenham demonstrado assimilar o conceito/a noção de soberania alimentar pela ótica do MST, efetivamente não a praticam. Sabemos que essa mudança de paradigma não cabe somente ao MST, mas inclui a participação do Estado e de vários setores da sociedade para que mudanças efetivas ocorram nos espaços de assentamento, com vistas à efetivação da soberania alimentar e de práticas agroecológicas.