Pedro Vianna Godinho Peria, Marta Ferreira Santos Farah
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Discutimos as interações entre diferentes maneiras de atuação na arena do patrimônio cultural: de um lado, a política pública gestada por órgãos estatais e, de outro lado, as atividades da Comunidade Cultural Quilombaque, coletivo cultural de Perus (São Paulo). Para tanto, partimos das propostas teóricas da abordagem da ação pública, que enfatiza o papel de outros atores além dos estatais na conformação de determinadas arenas públicas. Em primeiro lugar, caracterizamos a ação do Estado brasileiro no campo do patrimônio como uma política que logrou isolar-se de ondulações políticas e de demandas sociais, a despeito das críticas de intelectuais e de experiências de democratização. Em seguida, a partir de um estudo empírico baseado em pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas, apresentamos os trânsitos que o coletivo político-cultural efetua entre brechas nas políticas públicas para executar suas ações de patrimonialização. Para atuar na arena do patrimônio cultural, a Comunidade Cultural Quilombaque mobiliza atividades na arena da produção cultural a partir das políticas públicas municipais, estaduais e federais de fomento, de forma que as conclusões do estudo nos permitem refletir sobre os desvios criativos da ação pública que podem fortalecer a continuidade do projeto de democratização das políticas públicas de patrimônio.