{"title":"根据诠释学学者(bT),《伊利亚特》中的“证据”(放大)与希腊化和帝国时期的演说家的教训平行","authors":"Gustavo Araújo de Freitas","doi":"10.24277/CLASSICA.V32I1.840","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os escólios bT da Ilíada abordam aspectos poéticos e retóricos do texto de Homero, sendo a maioria de suas lições derivada de estudiosos do final do período helenístico e início do período romano, que consolidavam o trabalho de críticos mais antigos. Assim, parecem em geral refletir uma terminologia crítica e pontos de vista do séc. I a.C. e dos dois primeiros séculos d.C. (Richardson, 1980, p. 265). De fato, os escólios bT absorveram uma concepção muito disseminada entre os que se interessaram pelo estilo de Homero nesse período: a “evidência” (ἐνάργεια). Esse conceito, que envolve a construção mental de uma imagem, provém de discussões filosóficas, e principalmente os estoicos, devido às suas pesquisas sobre a linguagem, tiveram uma grande influência entre os retores. Sendo assim, com o auxílio das informações de tratados de estilística dos períodos helenístico e imperial que abordaram aspectos da “evidência” em Homero – com destaque para os tratados Sobre o estilo de Demétrio e Sobre a composição de Dionísio de Halicarnasso –, além de outras informações em tratados menores de tropos e figuras e mesmo em lições gramaticais (como se lê nos escólios D), espero chegar a uma melhor compreensão acerca da concepção da “evidência” e de sua utilização na crítica estilística do poeta, de modo a verificar, afinal, os ecos dessa utilização nos chamados escólios exegéticos da Ilíada.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-08-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"A ‘Evidência’ (Enárgeia) na Ilíada segundo os escólios exegéticos (bT) em paralelo com as lições dos Retores do período helenístico e imperial\",\"authors\":\"Gustavo Araújo de Freitas\",\"doi\":\"10.24277/CLASSICA.V32I1.840\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Os escólios bT da Ilíada abordam aspectos poéticos e retóricos do texto de Homero, sendo a maioria de suas lições derivada de estudiosos do final do período helenístico e início do período romano, que consolidavam o trabalho de críticos mais antigos. Assim, parecem em geral refletir uma terminologia crítica e pontos de vista do séc. I a.C. e dos dois primeiros séculos d.C. (Richardson, 1980, p. 265). De fato, os escólios bT absorveram uma concepção muito disseminada entre os que se interessaram pelo estilo de Homero nesse período: a “evidência” (ἐνάργεια). Esse conceito, que envolve a construção mental de uma imagem, provém de discussões filosóficas, e principalmente os estoicos, devido às suas pesquisas sobre a linguagem, tiveram uma grande influência entre os retores. Sendo assim, com o auxílio das informações de tratados de estilística dos períodos helenístico e imperial que abordaram aspectos da “evidência” em Homero – com destaque para os tratados Sobre o estilo de Demétrio e Sobre a composição de Dionísio de Halicarnasso –, além de outras informações em tratados menores de tropos e figuras e mesmo em lições gramaticais (como se lê nos escólios D), espero chegar a uma melhor compreensão acerca da concepção da “evidência” e de sua utilização na crítica estilística do poeta, de modo a verificar, afinal, os ecos dessa utilização nos chamados escólios exegéticos da Ilíada.\",\"PeriodicalId\":136127,\"journal\":{\"name\":\"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos\",\"volume\":\"22 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-08-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.24277/CLASSICA.V32I1.840\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24277/CLASSICA.V32I1.840","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A ‘Evidência’ (Enárgeia) na Ilíada segundo os escólios exegéticos (bT) em paralelo com as lições dos Retores do período helenístico e imperial
Os escólios bT da Ilíada abordam aspectos poéticos e retóricos do texto de Homero, sendo a maioria de suas lições derivada de estudiosos do final do período helenístico e início do período romano, que consolidavam o trabalho de críticos mais antigos. Assim, parecem em geral refletir uma terminologia crítica e pontos de vista do séc. I a.C. e dos dois primeiros séculos d.C. (Richardson, 1980, p. 265). De fato, os escólios bT absorveram uma concepção muito disseminada entre os que se interessaram pelo estilo de Homero nesse período: a “evidência” (ἐνάργεια). Esse conceito, que envolve a construção mental de uma imagem, provém de discussões filosóficas, e principalmente os estoicos, devido às suas pesquisas sobre a linguagem, tiveram uma grande influência entre os retores. Sendo assim, com o auxílio das informações de tratados de estilística dos períodos helenístico e imperial que abordaram aspectos da “evidência” em Homero – com destaque para os tratados Sobre o estilo de Demétrio e Sobre a composição de Dionísio de Halicarnasso –, além de outras informações em tratados menores de tropos e figuras e mesmo em lições gramaticais (como se lê nos escólios D), espero chegar a uma melhor compreensão acerca da concepção da “evidência” e de sua utilização na crítica estilística do poeta, de modo a verificar, afinal, os ecos dessa utilização nos chamados escólios exegéticos da Ilíada.