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Quarto de Despejo: diário de uma favelada – Identidade, espacialidade e resistência do corpo negro, feminino e periférico na urbanização de São Paulo
Através de um olhar hegemônico acerca das constituições históricas da produção do espaço urbano de São Paulo, a multiplicidade de narrativas constituintes das espacialidades da cidade por vezes são silenciadas. Neste sentido, é de extrema importância trazer o protagonismo às vivências cotidianas, constituídas pelo tensionamento contínuo entre centro e margem, violência e resistência. Para tanto, este artigo propõe uma breve análise da obra “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, escrita por Carolina Maria de Jesus e publicada pela primeira vez no ano de 1960. O livro por si mesmo é um valioso documento histórico no que diz respeito à produção espacial urbana de São Paulo no decorrer da década de 1950, que em seu discurso modernizante violentava e segregava sujeitos e suas respectivas identidades, como é o caso de Carolina, que em seus marcadores sociais trazia a opressão de uma sociedade misógina, racista e classista.