{"title":"重症监护病房住院后COVID-19患者出院时肺功能和呼吸肌力","authors":"Débora Schmidt, Taila Cristina Piva, Graciele Sbruzzi","doi":"10.1590/1809-2950/21020629022022pt","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Este estudo teve como objetivo descrever a função pulmonar e a força muscular respiratória (FMR) na alta hospitalar de pacientes com quadros críticos da COVID-19 e correlacioná-las com a força muscular periférica, tempo de ventilação mecânica (VM) e de internação hospitalar e uso de medicações. Trata-se de um estudo transversal, incluindo pacientes que estiveram internados na UTI devido à COVID-19. A avaliação, na alta hospitalar, incluiu as seguintes variáveis: FMR, função pulmonar e força muscular periférica (escore Medical Research Council (MRC) e dinamometria de preensão palmar). Foram incluídos 25 pacientes, com idade média de 48,7±12,3 anos. Observou-se que 72% dos pacientes apresentaram distúrbio ventilatório restritivo, além de redução da FMR (pressão inspiratória máxima (PImáx) de 74% e pressão expiratória máxima (PEmáx) de 78% do predito). A FMR (PImáx e PEmáx, respectivamente) apresentou correlação negativa com o tempo de VM (r=−0,599, p=0,002; r=−0,523, p=0,007) e de internação hospitalar (r=−0,542, p=0,005; r=−0,502, p=0,01) e correlação positiva com a capacidade vital forçada (CVF) (r=0,825, p=0,000; r=0,778, p=0,000), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (r=0,821, p=0,000; r=0,801, p=0,000), o pico de fluxo expiratório (PFE) (r=0,775, p=0,000; r=0,775, p=0,000) e a força de preensão palmar (r=0,656, p=0,000; r=0,589, p=0,002). Concluímos que pacientes com quadros críticos da COVID-19 apresentaram, na alta hospitalar: redução da FMR; alterações da função pulmonar; correlação negativa entre a FMR e o tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI) e de internação hospitalar; e correlação positiva com a função pulmonar e a força de preensão palmar.","PeriodicalId":436434,"journal":{"name":"Fisioterapia e Pesquisa","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Função pulmonar e força muscular respiratória na alta hospitalar em pacientes com COVID-19 pós internação em Unidade de Terapia Intensiva\",\"authors\":\"Débora Schmidt, Taila Cristina Piva, Graciele Sbruzzi\",\"doi\":\"10.1590/1809-2950/21020629022022pt\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"RESUMO Este estudo teve como objetivo descrever a função pulmonar e a força muscular respiratória (FMR) na alta hospitalar de pacientes com quadros críticos da COVID-19 e correlacioná-las com a força muscular periférica, tempo de ventilação mecânica (VM) e de internação hospitalar e uso de medicações. 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Função pulmonar e força muscular respiratória na alta hospitalar em pacientes com COVID-19 pós internação em Unidade de Terapia Intensiva
RESUMO Este estudo teve como objetivo descrever a função pulmonar e a força muscular respiratória (FMR) na alta hospitalar de pacientes com quadros críticos da COVID-19 e correlacioná-las com a força muscular periférica, tempo de ventilação mecânica (VM) e de internação hospitalar e uso de medicações. Trata-se de um estudo transversal, incluindo pacientes que estiveram internados na UTI devido à COVID-19. A avaliação, na alta hospitalar, incluiu as seguintes variáveis: FMR, função pulmonar e força muscular periférica (escore Medical Research Council (MRC) e dinamometria de preensão palmar). Foram incluídos 25 pacientes, com idade média de 48,7±12,3 anos. Observou-se que 72% dos pacientes apresentaram distúrbio ventilatório restritivo, além de redução da FMR (pressão inspiratória máxima (PImáx) de 74% e pressão expiratória máxima (PEmáx) de 78% do predito). A FMR (PImáx e PEmáx, respectivamente) apresentou correlação negativa com o tempo de VM (r=−0,599, p=0,002; r=−0,523, p=0,007) e de internação hospitalar (r=−0,542, p=0,005; r=−0,502, p=0,01) e correlação positiva com a capacidade vital forçada (CVF) (r=0,825, p=0,000; r=0,778, p=0,000), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (r=0,821, p=0,000; r=0,801, p=0,000), o pico de fluxo expiratório (PFE) (r=0,775, p=0,000; r=0,775, p=0,000) e a força de preensão palmar (r=0,656, p=0,000; r=0,589, p=0,002). Concluímos que pacientes com quadros críticos da COVID-19 apresentaram, na alta hospitalar: redução da FMR; alterações da função pulmonar; correlação negativa entre a FMR e o tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI) e de internação hospitalar; e correlação positiva com a função pulmonar e a força de preensão palmar.