(TRANS)FORMAÇÕES JUVENIS

Desmistificar as identidades excluídas, por não se ‘enquadrarem’ na lógica (perversa) da heterocisnormatividade é o principal objetivo desse estudo. Partindo da (re)construção de ‘novas verdades’, para que as pessoas que subvertem os ‘modelos privilegiados’ definidos e legitimados não permaneçam apagadas, silenciadas e frequentemente violentadas. Com abordagem epistemológica crítica e metodologia qualitativa, o artigo é produzido a partir das narrativas de três jovens trans de 18 a 24 anos - únicas pessoas com identidades trans numa determinada escola de porte especial do Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba. O instrumento de pesquisa foi entrevista, com enfoque nas histórias de vida acerca de suas experiências identitárias e relacionais, associada à observação participante. Conclui-se que debater as diversidades é determinante no processo educativo, afigurando-se ponto crucial, pois assegura que o sistema de ensino-aprendizagem seja permeado pelos princípios fundamentais da igualdade, da alteridade e da dignidade da pessoa humana.