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WhatsApp, desinformação e infodemia: o “inimigo” criptografado
Em meio à pandemia da Covid-19 a questão da informação ganhou centralidade no Brasil, já que notícias falsas sobre o vírus e a negação da ciência podem levar pessoas à morte. Observou-se que elevado número de “fake news” divulgadas, mesmo em um assunto tão delicado, contribuiu para a criação de um ambiente social de infodemia e desinformação. Nesse artigo a proposta é realizar uma reflexão sobre o tensionamento informação/desinformação, potencializado com a popularização da internet e das redes sociais digitais. O foco do estudo empírico é o chamado “Gabinete do Ódio” e as circulações a ele associadas que ocorreram por meio do aplicativo de conversas WhatsApp. Para isso, recorre-se em termos metodológicos à Pesquisa Documental (Gil, 2008), tendo como universo de pesquisa sites on-line que fornecerão a materialidade da investigação e vídeos veiculados em telejornais da Rede Globo com temáticas relacionadas ao WhatsApp, Gabinete do Ódio e notícias falsas. Para o tratamento desse material será utilizada a Análise da Materialidade Audiovisual (Coutinho, 2016; 2018), método de investigação que busca compreender as complexidades de conteúdos telejornalísticos como uma unidade de texto e paratexto. Os resultados preliminares apontam para as dificuldades de se identificar e mensurar conteúdos falsos propagados no WhatsApp, sendo um dos espaços de maior atuação do Gabinete do Ódio