Natália Gabriela Rós Marques de Oliveira, Antonio Lázaro Sant´Ana, Túlio Gabriel Soares Oliveira
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Foram utilizados questionários aplicados, na forma de entrevista, junto a total 23 famílias de três assentamentos rurais e a 34 membros da Associação de Produtores Rurais de Pontalinda – APRUPO, todos situados no referido Território. Os resultados evidenciaram que os assentados compõem um grupo mais jovem em comparação aos associados e possuem menor experiência como agricultores. Ambos segmentos apresentam expressiva diversificação de produção, em termos de culturas e criações; e embora utilizem com maior frequência agrotóxicos para o controle fitossanitário, o emprego de formas alternativas de controle de pragas, doenças e plantas espontâneas, quando analisadas em conjunto, abrange a maioria dos agricultores assentados e associados pesquisados. 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Caminhos da transição agroecológica: comparação entre práticas alternativas de dois segmentos de agricultores familiares, no território Noroeste Paulista
Este trabalho teve como origem pesquisas que buscaram gerar informações a respeito de práticas e conhecimentos referentes à agroecologia no Território Noroeste Paulista (SP). O objetivo deste artigo foi analisar, comparativamente, junto a agricultores assentados da reforma agrária e de uma associação composta também de agricultores familiares, quais as técnicas e valores, provindos de suas tradições, são implementados ou orientam a organização de seus sistemas de produção e que podem ser considerados como pertinentes ao processo de transição agroecológica. Foram utilizados questionários aplicados, na forma de entrevista, junto a total 23 famílias de três assentamentos rurais e a 34 membros da Associação de Produtores Rurais de Pontalinda – APRUPO, todos situados no referido Território. Os resultados evidenciaram que os assentados compõem um grupo mais jovem em comparação aos associados e possuem menor experiência como agricultores. Ambos segmentos apresentam expressiva diversificação de produção, em termos de culturas e criações; e embora utilizem com maior frequência agrotóxicos para o controle fitossanitário, o emprego de formas alternativas de controle de pragas, doenças e plantas espontâneas, quando analisadas em conjunto, abrange a maioria dos agricultores assentados e associados pesquisados. Embora não haja ações sistemáticas visando estimular processos de transição agroecológica, pode-se considerar que ambos os segmentos, em termos predominantes, situam-se em uma fase intermediária entre a otimização do uso de insumos químicos sintéticos e a substituição destes insumos por métodos ecologicamente mais sustentáveis.