Kelly Rose Tavares Neves, I. Albuquerque, Emanuel Lucas Pinheiro Xavier, Sophia De Oliveira Martins, Gislei Frota Aragão
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Por meio desta busca foram selecionados 29 artigos, publicados entre 2000 e 2019. Os resultados mostraram uma heterogeneidade de reações adversas, sendo as mais prevalentes: aumento de apetite e ganho de peso, sonolência, hiperprolactinemia, sintomas gastrointestinais, taquicardia e efeitos extrapiramidais. A maioria delas apresenta grau leve ou moderado e bem gerenciável. Entretanto, estudos mais recentes indicam que existem características do autismo que podem influenciar a resposta à risperidona e elevar o risco de surgimento de reações adversas, principalmente ligadas aos polimorfismos genéticos, ao compartilhamento de condições médicas concomitantes, às interações medicamentosas, entre outros. 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SEGURANÇA DA RISPERIDONA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio de desenvolvimento neurológico, apresentando comprometimentos de ordem sócio, comunicativa e comportamental. A risperidona é um medicamento antipsicótico que tem sido usado para alívio dos sintomas e melhoria comportamental do TEA, no entanto,vários efeitos adversos foram identificados. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura sobre os efeitos adversos da risperidona especificamente em indivíduos com TEA. Foram realizadas buscas abrangentes nas bases de dados MedLine, PsycInfo e Science Direct, utilizando os descritores: “Autism Spectrum Disorder”, “Risperidone” e “Drug Related Side Effects and Adverse Reactions”. Por meio desta busca foram selecionados 29 artigos, publicados entre 2000 e 2019. Os resultados mostraram uma heterogeneidade de reações adversas, sendo as mais prevalentes: aumento de apetite e ganho de peso, sonolência, hiperprolactinemia, sintomas gastrointestinais, taquicardia e efeitos extrapiramidais. A maioria delas apresenta grau leve ou moderado e bem gerenciável. Entretanto, estudos mais recentes indicam que existem características do autismo que podem influenciar a resposta à risperidona e elevar o risco de surgimento de reações adversas, principalmente ligadas aos polimorfismos genéticos, ao compartilhamento de condições médicas concomitantes, às interações medicamentosas, entre outros. Dessa forma, considerando a complexidade do TEA e a vulnerabilidade de crianças e jovens autistas, esse medicamento deve ser usado com cautela nessa população, com prévia triagem, acompanhamento dos fatores de risco e monitoramento do uso, em especial quando for necessário uso prolongado.