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Paisagens ocultas: Patrimônio Industrial e o Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro
De diferentes maneiras, em diferentes momentos, os indivíduos interviram no espaço, transformaram-no por sua própria ação e estabeleceram relações materiais com o mundo, produzindo consciências, representações e formas simbólicas diversificadas. Quando circulamos por lugares e espaços do Rio de Janeiro nem sempre acessamos os resquícios das diferentes passagens de trabalhadores que tornaram a urbanização da cidade possível, associados ao processo de industrialização da capital dentro do que ficou conhecido como “empreitada do progresso” entre os séculos XIX e XX. Sendo assim, o artigo se propõe a refletir de maneira ensaística sobre a potência de um acervo relacionado à memória desses trabalhadores para o campo de investigação do patrimônio industrial. Para tanto, analisa documentos históricos presentes no Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ), priorizando a experiência da Fábrica de Tecidos e Tinturaria Alliança como pano de fundo na compreensão de uma memória industrial relacionada às condições de trabalho e às relações sociais estabelecidas entre os seus trabalhadores e respectivos familiares. O objetivo central é analisar, à luz do materialismo histórico dialético, o risco de dissociações entre a narrativa do patrimônio industrial e a memória do trabalho e de trabalhadores, recorrendo sobretudo às discussões relacionadas ao “fetiche da mercadoria”.