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Formas de movimento, casas e corpos no Terecô em Codó (Maranhão)
O capítulo tem como eixo as experiências vividas por uma mãe de santo de uma religião afro-brasileira do interior do Maranhão. Luiza é uma senhora de mais de oitenta anos que desde sua infância convive com os encantados – entidades recebidas no Terecô. Sua vida foi tecida, como relata, pela importância de sua família de sangue, mas, também, pelas relações com as entidades. É a partir delas que este texto pretende analisar diversas formas de movimento. Nesse sentido, além do deslocamento geográfico que Luiza viveu de forma constante – marcado por questões fundiárias e familiares – o texto discorre sobre formas de mobilidade que surgem imbricadas com esferas normalmente consideradas fixas, como as casas; ou fechadas, como os corpos. Nesse esforço analítico, evidencia-se como os encantados introduzem questões importantes sobre o acesso à terra, os constrangimentos ao deslocamento, a ideia de propriedade. Por fim, a pesquisa questiona certos enquadramentos utilizados para falar sobre casas e corpos, na medida em que as transgressões que os encantados operam nos marcadores espaço-temporais trazem outras chaves de análise.