Letícia Nascimento Mello, C. Silva, Sylvio Pecoraro Junior
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ESTUDANTES OU PACIENTES? A MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO COMO UMA PRÁTICA DE CONTROLE SOCIAL
Resumo: O presente texto apresenta os resultados de uma pesquisa documental cujo principal objetivo foi analisar se as instituições escolares vêm se apropriando de discursos e práticas medicalizantes a fim de justificar dificuldades de aprendizagem e comportamentos classificados como inadequados durante o processo de escolarização. Foram discutidos aspectos históricos, desde o surgimento da escola até a medicalização escolar como elemento da contemporaneidade em articulação com os registros dos encaminhamentos de crianças com queixa escolar das escolas municipais de Petrópolis para a Assessoria em Psicologia Escolar do Município, no período entre 2013 a 2015, contemplando do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental. Dentre os encaminhamentos foram analisados os que mencionam sintomas e diagnósticos ou solicitam avaliação médica e psicológica. Levando em conta a descrição dos dados, conforme foram registrados, foi possível verificar que a medicalização se faz presente nos encaminhamentos. As queixas mencionadas indicam mau comportamento ou agressividade como principal justificativa sendo estes tratados como patologias e consequentemente, submetidos à tratamento médico. Influências sociais, familiares, econômicas ou a própria instituição escolar não são colocadas em análise atribuindo à criança a fonte primária da queixa escolar e o tratamento individual como solução.