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DISCURSO PRESIDENCIAL: ENTRE HEGEMONIAS E RESISTÊNCIAS
O objetivo deste artigo é analisar, na perspectiva da Análise de Discurso Crítica (ADC), um discurso nodal proferido em cenário de globalização e de avanço neoliberal no Brasil. Trata-se do discurso de posse da ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, por ocasião de sua reeleição em 2014. Teve como lema Pátria Educadora e, como foco, o relacionamento entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na perspectiva da ADC, esse discurso sugere o alinhamento presidencial ao neoliberalismo dos mercados centrais ao tratar de temas como educação e logística, mas indica também uma visão de empoderamento desses cinco países, visando ao reequilíbrio de forças dos blocos globais. Esse aspecto de resistência representa a face positiva dos diálogos de poder entre os agentes sociais. Certamente, não é possível apresentar todos os detalhes e as várias perspectivas de reflexão de um discurso nodal. Por isso, há ênfase no contexto de produção e de circulação desse discurso, nos movimentos da argumentação conforme os princípios da matriz retórica brasileira e nas marcas de alinhamento e de resistência ao avanço neoliberal no Brasil à luz de conceitos característicos dos discursos das sociedades contemporâneas e de categorias de análise da ADC.