囚犯制度化的过程

Celso Francisco Tondin, Camila Lorenzoni Cortina
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摘要

本研究旨在了解囚犯制度化的过程,识别他们在服刑过程中使用的主观效果和策略。它还将心理学专业人员在巴西监狱系统中的表现以及与司法部门围绕犯罪学检查的辩论置于背景中。本研究采用家谱法,采用访谈法和文献分析法。参与者是三名专业人士和三名来自巴西南部一个州的男性监狱的囚犯。分析表明,监狱作为一个整体的制度,导致了与外部世界和囚犯以前的现实的破裂,他们放弃了自己的身份,接受了一种制度身份。规定了使等级制度合法化的行为,并共享了一种表明属于群体的语言。一般来说,家庭是支持的,但家庭和囚犯之间的距离是他们痛苦的根源,这为机构共存创造了适应策略。自由的前景带来了喜悦和恐惧的感觉,因为对前囚犯的刻板印象在服刑后伴随着他们。法律实施犯罪预测考试criminológico建立个性化项目的联邦议会和歌曲,但政权运动心理学的发展心理学家在不同影响预后criminológico较高的测评,危险和建立因果关系从binômio项不良的监控,并认为被困在文明的角度来看,超过了惩罚性的模式。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Processo de Institucionalização de Sujeitos Presos
Esta pesquisa objetiva compreender o processo de institucionalização de sujeitos presos, identificando efeitos subjetivos e estratégias que utilizam no cumprimento da pena. Também contextualiza a atuação do profissional de Psicologia no sistema prisional brasileiro e o debate com a Justiça em torno do exame criminológico. O estudo é de abordagem genealógica, com uso de entrevistas e análise de documentos. Os participantes são três profissionais e três apenados de um presídio masculino localizado em um estado do Sul do Brasil. A análise evidenciou que a prisão, como instituição total, provoca uma ruptura com o mundo exterior e a realidade anterior dos apenados, e que abandonam sua identidade e assumem uma identidade institucional. São prescritas condutas que legitimam hierarquias e é compartilhada uma linguagem que assinala pertencimento ao grupo. Geralmente, a família é apoiadora, mas a distância entre ela e os presos é fonte de sofrimento para eles, que criam táticas de adaptação para a convivência institucional. A perspectiva de liberdade provoca sentimentos de alegria e medo, porque o estereótipo de ex-detento segue com eles após o cumprimento da pena. A Lei de Execução Penal prevê o exame criminológico a fim de estabelecer programa de individualização da pena e progressão de regime, porém o Conselho Federal de Psicologia se posiciona contrário a sua elaboração por psicólogos no que tange ao prognóstico criminológico de reincidência, à aferição de periculosidade e ao estabelecimento de nexo causal a partir do binômio delito-delinquente, e argumenta pelo acompanhamento do preso na perspectiva da humanização, superando o paradigma punitivo.
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