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William Blake contra os "moinhos satânicos" da racionalidade moderna
O presente artigo examina a cerrada crítica feita por William Blake ao racionalismo, que havia se expandido e consolidado, no final do século XVIII, nas nações europeias mais poderosas e busca compreender a imaginação singular que anima sua obra, suas dimensões místicas e obscuras e sua inclinação ao estabelecimento de um sistema próprio, que foge à visão de mundo “abstrata” associada pelo artista a notórios pensadores do início da modernidade. Ao mesmo tempo, pretende mostrar como o trabalho rompeu com paradigmas de conhecimento bem estabelecidos em seu tempo e conclui que a obra do artista deveria ser reconhecida como divisor de águas no surgimento de uma estética moderna.