M. Moraes, Jéssica Mayara Oliveira Afonso, Mércia Kimdolly de França Nascimento, Gessitania Rocha Pires Pereira, Samuel Costa Pereira, Brenda Tayná Santana de Souza
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Para os coordenadores, a cobertura para identificação precoce da gestação é baixa; 60% dos municípios realizam visita puerperal em até uma semana; na maior parte dos casos, a única triagem neonatal realizada é a biológica; a distribuição da caderneta da criança é regular para 56,2%; e a principal dificuldade encontrada na atenção à criança é a alta demanda da Estratégia Saúde da Família para outros grupos prioritários. As consultas de puericultura não têm agenda organizada, podendo ser periódicas ou por livre demanda, e cerca de 35% a 60% delas resultam no encaminhamento da criança para o parecer de pediatras, mas 90% dos médicos e 74% dos enfermeiros informam não receber contrarreferência do serviço especializado. Os profissionais destacam dificuldades para orientar famílias sobre comportamento, alimentação, higiene e sono. Os resultados possibilitam identificar falhas na assistência e no cuidado integral a esse público, contrariando o que preconizam suas políticas. 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Estratégia Saúde da Família e a saúde da criança no Extremo Sul da Bahia, Brasil
A Estratégia Saúde da Família é ordenadora do cuidado prestado às crianças em assistência, da prevenção de agravos e da promoção da saúde na maioria dos municípios de médio e pequeno porte. Este estudo descreve os cuidados prestados à saúde da criança no Extremo Sul da Bahia, no âmbito da Estratégia Saúde da Família, e discute a ausência do pediatra nesse contexto. Trata-se de estudo descritivo realizado nos 13 municípios da região. Coordenadores da atenção básica, médicos e enfermeiros responderam a distintos questionários online sobre a estrutura da Estratégia Saúde da Família e a forma de atendimento às crianças. Para os coordenadores, a cobertura para identificação precoce da gestação é baixa; 60% dos municípios realizam visita puerperal em até uma semana; na maior parte dos casos, a única triagem neonatal realizada é a biológica; a distribuição da caderneta da criança é regular para 56,2%; e a principal dificuldade encontrada na atenção à criança é a alta demanda da Estratégia Saúde da Família para outros grupos prioritários. As consultas de puericultura não têm agenda organizada, podendo ser periódicas ou por livre demanda, e cerca de 35% a 60% delas resultam no encaminhamento da criança para o parecer de pediatras, mas 90% dos médicos e 74% dos enfermeiros informam não receber contrarreferência do serviço especializado. Os profissionais destacam dificuldades para orientar famílias sobre comportamento, alimentação, higiene e sono. Os resultados possibilitam identificar falhas na assistência e no cuidado integral a esse público, contrariando o que preconizam suas políticas. Sobre a qualidade do cuidado, discute-se o papel do pediatra na composição dessa estratégia.