{"title":"巴西足球的经济形势和covid-19后","authors":"Pablo Ruan Reis Coutinho","doi":"10.56839/cp.1i202.3","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n A pandemia da covid-19 provocou diversas consequências para todos os países, incluindo o Brasil. As mais notáveis estão relacionadas no âmbito da saúde, com milhões de pessoas infectadas no mundo e elevado número de mortes por complicação da doença, e da economia. Segundo dados apresentados pela CBF (2019), em um contexto pré-pandemia, a Indústria do Futebol foi responsável por 0,72% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2018, movimentou cerca de R$ 52,9 bilhões através de sua cadeia produtiva e foi responsável pela criação de mais de 156 mil empregos e, por conta de características próprias, possui um enorme potencial para alcançar uma participação econômica ainda maior. O objetivo principal deste trabalho é analisar os impactos da covid-19 no cenário econômico do futebol brasileiro e verificar se, de fato, os efeitos da pandemia foram adversos neste setor. A pesquisa mostrou que, além de promover fortes impactos na economia brasileira, a pandemia da covid-19 também provocou consequências negativas para a Indústria do Futebol, dentre as quais: maior queda da receita total do top 20 clubes brasileiros, em comparação ao ano anterior, na série analisada, motivada principalmente pelas reduções de receitas provenientes da TV e da bilheteria; diminuição dos custos com futebol numa proporção inferior às reduções de receitas; e maior valor das dívidas do top 20 clubes brasileiros durante o período analisado. Com a não paralisação do futebol em 2021 e o retorno parcial do público no segundo semestre de 2021, espera-se que as receitas tenham recuperado parte de suas perdas na temporada, mas que só voltem a crescer em patamares superiores ao do período pré-pandemia na temporada de 2022. \n","PeriodicalId":394097,"journal":{"name":"Conjuntura & Planejamento","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A conjuntura econômica do futebol brasileiro e o pós-covid-19\",\"authors\":\"Pablo Ruan Reis Coutinho\",\"doi\":\"10.56839/cp.1i202.3\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"\\n A pandemia da covid-19 provocou diversas consequências para todos os países, incluindo o Brasil. 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A conjuntura econômica do futebol brasileiro e o pós-covid-19
A pandemia da covid-19 provocou diversas consequências para todos os países, incluindo o Brasil. As mais notáveis estão relacionadas no âmbito da saúde, com milhões de pessoas infectadas no mundo e elevado número de mortes por complicação da doença, e da economia. Segundo dados apresentados pela CBF (2019), em um contexto pré-pandemia, a Indústria do Futebol foi responsável por 0,72% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2018, movimentou cerca de R$ 52,9 bilhões através de sua cadeia produtiva e foi responsável pela criação de mais de 156 mil empregos e, por conta de características próprias, possui um enorme potencial para alcançar uma participação econômica ainda maior. O objetivo principal deste trabalho é analisar os impactos da covid-19 no cenário econômico do futebol brasileiro e verificar se, de fato, os efeitos da pandemia foram adversos neste setor. A pesquisa mostrou que, além de promover fortes impactos na economia brasileira, a pandemia da covid-19 também provocou consequências negativas para a Indústria do Futebol, dentre as quais: maior queda da receita total do top 20 clubes brasileiros, em comparação ao ano anterior, na série analisada, motivada principalmente pelas reduções de receitas provenientes da TV e da bilheteria; diminuição dos custos com futebol numa proporção inferior às reduções de receitas; e maior valor das dívidas do top 20 clubes brasileiros durante o período analisado. Com a não paralisação do futebol em 2021 e o retorno parcial do público no segundo semestre de 2021, espera-se que as receitas tenham recuperado parte de suas perdas na temporada, mas que só voltem a crescer em patamares superiores ao do período pré-pandemia na temporada de 2022.