Complicações pós-operatórias em cirurgias de terceiros molares realizadas na clínica de extensão de cirurgia oral menor

Na extração de terceiros molares, mesmo sendo um procedimento rotineiro, há prevalência de complicações, e entre as mais comuns na literatura estão: dor, trismo, edema, hemorragia/hematoma, alveolite, deiscência de sutura, infecção, parestesia, entre outras ocorrências. Este trabalho teve como objetivo principal analisar as complicações pós-operatórias em cirurgias de terceiros molares. Por meio da aplicação de um questionário, como instrumento de coleta de dados, desenvolvido pelas pesquisadoras, foram avaliadas as complicações pós-operatórias. As cirurgias ocorreram no período de agosto a outubro de 2021, e 39 extrações foram incluídas no trabalho. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: a triagem com a coleta das informações iniciais do paciente e o retorno após sete dias de pós-operatório. Todos os pacientes voluntários da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e a pesquisa foi previamente aprovada na Plataforma Brasil CAAE 50254321.1.000.5385. Após três meses da coleta de dados, foi realizada uma análise descritiva por meio do Microsoft Excel. Dos 39 pacientes avaliados, 66,66% eram do gênero feminino e 33,33%, do gênero masculino. A idade dos pacientes variou entre 15 e 61 anos, sendo a mais prevalente 32 anos. Houve no total 51 complicações pós-operatórias, por ordem de maior incidência: dor pós-operatória (28,17%), edema (19,72%), trismo (18,31%), sangramento pós-operatório (8,45%), infecção pós-operatória (2,82%), parestesia transitória (1,41%) e hematoma (1,41%). Com base nos dados levantados, concluiu-se que a realização das exodontias em pacientes jovens é uma forma de evitar graves complicações, visto que pacientes na faixa etária de 15 a 24 anos apresentaram menores intercorrências pós-operatórias. A complicação mais frequente foi dor, seguida de edema e trismo, configurando os cuidados no pré, trans e pós-operatório como indispensáveis para evitá-las. Também, é imprescindível um bom planejamento, conhecimento e aperfeiçoamento da técnica para que, dessa maneira, minimizem-se os danos e riscos ao paciente.