{"title":"每个人都能玩什么:《骨头游戏》、流行文化与大南州犯罪的社会建构(1940-1950)","authors":"Érico Teixeira De Loyola","doi":"10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.1.03","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo aborda, a partir da prática recreativa denominada “jogo do osso”, as potenciais hierarquias socialmente estabelecidas em torno do lazer, capazes de configurá-lo, a depender das circunstâncias e dos sujeitos implicados, em atividade benigna ou inadequada, lícita ou ilícita. Tendo como recorte temporal as décadas de 1940 e 1950, e valendo-se de fontes policiais e judiciárias extraídas de processos que tiveram curso em duas localidades do Rio Grande do Sul (Lavras do Sul e Pelotas), almeja-se discutir como as leis penais, e a Lei das Contravenções Penais, em particular, teriam sido instrumentalizadas para o controle de práticas lúdicas associadas às classes populares. Pretende-se, ainda, discutir como os parâmetros legalmente estabelecidos eram excetuados de acordo com as pessoas envolvidas, a partir de uma perspectiva hierarquizadora, justificando, de modo seletivo, a utilização dos aparatos repressivos. Para essa análise, serão tomados como referenciais teóricos as proposições de Pierre Bourdieu em torno do conceito de \"distinção\" (2007), e os debates estabelecidos por Thompson acerca dos sentidos da “cultura popular” (1998).","PeriodicalId":346865,"journal":{"name":"CLIO: Revista de Pesquisa Histórica","volume":"80 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O que cada um pode jogar: “jogo do osso”, cultura popular e a construção social do delito no Rio Grande do Sul (1940-1950)\",\"authors\":\"Érico Teixeira De Loyola\",\"doi\":\"10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.1.03\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo aborda, a partir da prática recreativa denominada “jogo do osso”, as potenciais hierarquias socialmente estabelecidas em torno do lazer, capazes de configurá-lo, a depender das circunstâncias e dos sujeitos implicados, em atividade benigna ou inadequada, lícita ou ilícita. Tendo como recorte temporal as décadas de 1940 e 1950, e valendo-se de fontes policiais e judiciárias extraídas de processos que tiveram curso em duas localidades do Rio Grande do Sul (Lavras do Sul e Pelotas), almeja-se discutir como as leis penais, e a Lei das Contravenções Penais, em particular, teriam sido instrumentalizadas para o controle de práticas lúdicas associadas às classes populares. Pretende-se, ainda, discutir como os parâmetros legalmente estabelecidos eram excetuados de acordo com as pessoas envolvidas, a partir de uma perspectiva hierarquizadora, justificando, de modo seletivo, a utilização dos aparatos repressivos. Para essa análise, serão tomados como referenciais teóricos as proposições de Pierre Bourdieu em torno do conceito de \\\"distinção\\\" (2007), e os debates estabelecidos por Thompson acerca dos sentidos da “cultura popular” (1998).\",\"PeriodicalId\":346865,\"journal\":{\"name\":\"CLIO: Revista de Pesquisa Histórica\",\"volume\":\"80 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-05-02\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"CLIO: Revista de Pesquisa Histórica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.1.03\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"CLIO: Revista de Pesquisa Histórica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.1.03","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O que cada um pode jogar: “jogo do osso”, cultura popular e a construção social do delito no Rio Grande do Sul (1940-1950)
O artigo aborda, a partir da prática recreativa denominada “jogo do osso”, as potenciais hierarquias socialmente estabelecidas em torno do lazer, capazes de configurá-lo, a depender das circunstâncias e dos sujeitos implicados, em atividade benigna ou inadequada, lícita ou ilícita. Tendo como recorte temporal as décadas de 1940 e 1950, e valendo-se de fontes policiais e judiciárias extraídas de processos que tiveram curso em duas localidades do Rio Grande do Sul (Lavras do Sul e Pelotas), almeja-se discutir como as leis penais, e a Lei das Contravenções Penais, em particular, teriam sido instrumentalizadas para o controle de práticas lúdicas associadas às classes populares. Pretende-se, ainda, discutir como os parâmetros legalmente estabelecidos eram excetuados de acordo com as pessoas envolvidas, a partir de uma perspectiva hierarquizadora, justificando, de modo seletivo, a utilização dos aparatos repressivos. Para essa análise, serão tomados como referenciais teóricos as proposições de Pierre Bourdieu em torno do conceito de "distinção" (2007), e os debates estabelecidos por Thompson acerca dos sentidos da “cultura popular” (1998).