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No município de Blumenau (Santa Catarina/Brasil), no início do século XX, constatamos a emissão de três discursos que associavam o ideário do progresso ao chamado “problema dos indígenas”: o do “mau selvagem e o do bom civilizado”. Este, ligado a tendências do Evolucionismo Social; aquele, proferido pelo Serviço de Proteção aos Índios e Localização de Trabalhadores Nacionais. Neste artigo, descrevemos as ações engendradas pelo discurso evolucionista-social. Seus emissores afirmavam que, pela filiação adotiva, os indígenas Xokleng se tornariam civilizados. Analisaremos o método empregado pelo médico alemão Hugo Gensch para dar a uma menina Xokleng uma educação segundo os preceitos de uma família burguesa e teuto-brasileira.