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摘要
本文旨在从conceicao Evaristo的《Becos da memoria》(2017)和Paulina Chiziane的《O Alegre Canto da Perdiz》(2008)中莫桑比克人的角度,探讨官方历史可能的改写。在那之前,这个故事是从巴西和莫桑比克社会精英的霸权观点来讲述的。我们打算在历史的改写和莫桑比克前殖民时期神话形象的拯救之间建立联系。从比较分析的角度,我们将从两个主题轴发展我们的推理:记忆巷子中学校的表现和在快乐的Canto da Perdiz中对地下神话记忆的回归。为了支持我们的推理,我们将依靠霍尔(2007;2007)的理论。2013), Mucchieli (1986), Derive (2005), Pollak(1993)和Eliade(1963)。这一分析将使我们得出这样的结论:改写历史的意义远远超出了强制教授非洲历史的法律的适用,并将对巴西和莫桑比克社会的所有阶层产生影响。
A reescrita da história em ‘O alegre canto da perdiz’ e ‘Becos da memória’
Este artigo pretende investigar possíveis reescritas da história oficial a partir do ponto de vista dos afro-brasileiros em Becos da Memória (2017), de Conceição Evaristo e dos moçambicanos em O Alegre Canto da Perdiz (2008), de Paulina Chiziane. Até então, a história tinha sido contada a partir do ponto de vista hegemônico das elites das sociedades brasileiras e moçambicanas. Pretendemos fazer uma ligação entre a reescrita da história e o resgate de imagens míticas pré-coloniais moçambicanas em O Alegre Canto da Perdiz. Numa perspectiva de análise comparada, desenvolveremos o nosso raciocínio a partir de dois eixos temáticos: a representação da escola em Becos da memória e o retorno às memórias subterrâneas míticas em O Alegre Canto da Perdiz. Para sustentar nosso raciocínio, nos apoiaremos nas teorias de Hall (2007; 2013), Mucchieli (1986), Derive (2005), Pollak (1993) e Eliade (1963). A análise nos permitirá chegar à conclusão de que o significado de reescritas da história vai muito além da aplicação da lei impondo o ensino da história da África, e terá consequências em todos os segmentos das sociedades brasileiras e moçambicanas.