Inaê Carolina Sfalcin, Vanessa Backes Nascimento Diel
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Artigos científicos originais e na íntegra, com amostra n ≥ 1.000, fizeram parte dos critérios de inclusão. Excluíram-se artigos de revisão, em duplicata e com amostragem em público infantil (<12 anos). Dados relativos ao aumento do consumo alimentar e a preferência por alimentação não saudável foram avaliados. Resultados: Obteve-se um total de 42 artigos, onde 35 não atenderam aos critérios de elegibilidade. Assim, 7 artigos foram selecionados para esta revisão. Baseados em questionários online, aplicados no período de abril a junho de 2020, em países da Ásia, África e Europa, os artigos somaram 20.293 respostas. Destas, em média, 32% relataram comer mais durante o confinamento e 37% aumentaram o consumo de lanches fora do horário das refeições, preferindo gorduras, açúcares e industrializados. Além disso, também foram considerados os dados do aumento de peso, ocorrido em 39% dos respondentes, e a redução de atividades físicas, em 48%. Houve um predomínio feminino no público amostral, 74% (n = 15.016,82). Conclusão: Os dados avaliados demonstraram uma ocorrência importante de comportamentos relativos aos maus hábitos alimentares durante o confinamento, revelando um perfil nutricional desbalanceado para o público avaliado, o qual oferece riscos à saúde. Estudos como este podem nortear políticas de saúde pública durante o período pandêmico, propondo uma dieta adequada. 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COMPORTAMENTO ALIMENTAR INADEQUADO DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL POR COVID-19: UMA REVISÃO
Introdução: O isolamento social, ou lockdown, tem sido uma medida adotada por muitos países na contenção do Sars-CoV-2 durante a pandemia de Covid-19. Embora esta seja uma medida importante de saúde pública, estudos revelam alterações comportamentais desfavoráveis ocasionadas pelo confinamento. Dentre as principais, estão as alimentares. Objetivos: Este estudo buscou identificar na literatura a ocorrência de comportamentos alimentares inadequados durante o confinamento da Covid-19. Material e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura, em maio de 2021, nas bases de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores: "social isolation"; "Covid-19" e "feeding behavior", todos verificados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Artigos científicos originais e na íntegra, com amostra n ≥ 1.000, fizeram parte dos critérios de inclusão. Excluíram-se artigos de revisão, em duplicata e com amostragem em público infantil (<12 anos). Dados relativos ao aumento do consumo alimentar e a preferência por alimentação não saudável foram avaliados. Resultados: Obteve-se um total de 42 artigos, onde 35 não atenderam aos critérios de elegibilidade. Assim, 7 artigos foram selecionados para esta revisão. Baseados em questionários online, aplicados no período de abril a junho de 2020, em países da Ásia, África e Europa, os artigos somaram 20.293 respostas. Destas, em média, 32% relataram comer mais durante o confinamento e 37% aumentaram o consumo de lanches fora do horário das refeições, preferindo gorduras, açúcares e industrializados. Além disso, também foram considerados os dados do aumento de peso, ocorrido em 39% dos respondentes, e a redução de atividades físicas, em 48%. Houve um predomínio feminino no público amostral, 74% (n = 15.016,82). Conclusão: Os dados avaliados demonstraram uma ocorrência importante de comportamentos relativos aos maus hábitos alimentares durante o confinamento, revelando um perfil nutricional desbalanceado para o público avaliado, o qual oferece riscos à saúde. Estudos como este podem nortear políticas de saúde pública durante o período pandêmico, propondo uma dieta adequada. Pesquisas com abrangência amostral semelhante à avaliada se fazem necessárias para gerar dados sobre o território brasileiro, não encontrados nesta revisão de literatura.