{"title":"从错误中学习","authors":"Adriana Wilner, Aline Lilian dos Santos","doi":"10.12660/gvexec.v18n3.2019.79169","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"“Coloque no arquivo APP”, dizia a mensagem cifrada. “A”\n significa “2”, e “P”, “5”, um alto executivo explicou aos investigadores.\n Significava que uma propina de 2,55% havia sido autorizada. Poderia ser um\n trecho da Lava Jato, mas se trata de um depoimento que fez parte do\n escândalo de corrupção envolvendo a alemã Siemens, em 2006. À época,\n descobriu-se que a empresa mantinha um esquema de pagamentos ilegais em\n diversos países para conseguir contratos de obras\n públicas.Em meio a multas, baixa nas ações e demissão de\n executivos, entre eles o então presidente global Klaus Kleinfeld, a empresa\n criou e instaurou um programa de compliance que se\n tornou referência para outras corporações e instituições. Uma das primeiras\n medidas implantadas foi o canal de denúncias, que permitiu, por exemplo,\n que, dois anos depois do escândalo inicial, um funcionário da filial\n brasileira trouxesse à tona o pagamento de propinas em obras do Metrô de São\n Paulo. Hoje, no site nacional da Siemens, o primeiro item que aparece para\n pesquisa quando se quer conhecer a empresa\n é compliance.Nesta entrevista\n à GV-executivo, André Clark, CEO da Siemens no Brasil,\n revela como a empresa fez para superar o momento difícil e de que forma\n busca ampliar o conceito de compliance na organização\n associando o comportamento ético e responsável ao meio ambiente, à\n diversidade e à sociedade. O executivo também fala sobre as vantagens e os\n desafios da gestão no atual momento econômico e político do país, além das\n oportunidades que enxerga no campo da infraestrutura.","PeriodicalId":374155,"journal":{"name":"GV EXECUTIVO","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Aprendendo com o erro\",\"authors\":\"Adriana Wilner, Aline Lilian dos Santos\",\"doi\":\"10.12660/gvexec.v18n3.2019.79169\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"“Coloque no arquivo APP”, dizia a mensagem cifrada. “A”\\n significa “2”, e “P”, “5”, um alto executivo explicou aos investigadores.\\n Significava que uma propina de 2,55% havia sido autorizada. Poderia ser um\\n trecho da Lava Jato, mas se trata de um depoimento que fez parte do\\n escândalo de corrupção envolvendo a alemã Siemens, em 2006. À época,\\n descobriu-se que a empresa mantinha um esquema de pagamentos ilegais em\\n diversos países para conseguir contratos de obras\\n públicas.Em meio a multas, baixa nas ações e demissão de\\n executivos, entre eles o então presidente global Klaus Kleinfeld, a empresa\\n criou e instaurou um programa de compliance que se\\n tornou referência para outras corporações e instituições. Uma das primeiras\\n medidas implantadas foi o canal de denúncias, que permitiu, por exemplo,\\n que, dois anos depois do escândalo inicial, um funcionário da filial\\n brasileira trouxesse à tona o pagamento de propinas em obras do Metrô de São\\n Paulo. Hoje, no site nacional da Siemens, o primeiro item que aparece para\\n pesquisa quando se quer conhecer a empresa\\n é compliance.Nesta entrevista\\n à GV-executivo, André Clark, CEO da Siemens no Brasil,\\n revela como a empresa fez para superar o momento difícil e de que forma\\n busca ampliar o conceito de compliance na organização\\n associando o comportamento ético e responsável ao meio ambiente, à\\n diversidade e à sociedade. O executivo também fala sobre as vantagens e os\\n desafios da gestão no atual momento econômico e político do país, além das\\n oportunidades que enxerga no campo da infraestrutura.\",\"PeriodicalId\":374155,\"journal\":{\"name\":\"GV EXECUTIVO\",\"volume\":\"33 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-05-17\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"GV EXECUTIVO\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.12660/gvexec.v18n3.2019.79169\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"GV EXECUTIVO","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12660/gvexec.v18n3.2019.79169","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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significa “2”, e “P”, “5”, um alto executivo explicou aos investigadores.
Significava que uma propina de 2,55% havia sido autorizada. Poderia ser um
trecho da Lava Jato, mas se trata de um depoimento que fez parte do
escândalo de corrupção envolvendo a alemã Siemens, em 2006. À época,
descobriu-se que a empresa mantinha um esquema de pagamentos ilegais em
diversos países para conseguir contratos de obras
públicas.Em meio a multas, baixa nas ações e demissão de
executivos, entre eles o então presidente global Klaus Kleinfeld, a empresa
criou e instaurou um programa de compliance que se
tornou referência para outras corporações e instituições. Uma das primeiras
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que, dois anos depois do escândalo inicial, um funcionário da filial
brasileira trouxesse à tona o pagamento de propinas em obras do Metrô de São
Paulo. Hoje, no site nacional da Siemens, o primeiro item que aparece para
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é compliance.Nesta entrevista
à GV-executivo, André Clark, CEO da Siemens no Brasil,
revela como a empresa fez para superar o momento difícil e de que forma
busca ampliar o conceito de compliance na organização
associando o comportamento ético e responsável ao meio ambiente, à
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