{"title":"Evangélicos e aborto na Constituinte (1987-1988)","authors":"Sydnei Melo","doi":"10.1590/0100-85872021v42n1cap03","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: Este trabalho apresenta as reflexões e argumentos que deputados evangélicos sustentaram em relação ao aborto durante a Assembleia Constituinte (1987-1988). Destacamos as ideias de Costa Ferreira (PFL-MA), que argumentou contra a legalização do aborto como forma de proteger as mulheres e de evitar que desigualdades regionais acentuassem riscos que a prática do aborto poderia trazer à vida delas. No conjunto dos argumentos identifica-se uma leitura da mulher mais como ente familiar do que um sujeito político autônomo, cabendo ao homem e à sociedade decidir sobre a legalização ou não do aborto. O artigo também evidencia um ponto de divergência interna à bancada: a aceitação ou não do aborto em casos de gravidez de risco ou decorrente de violência sexual.","PeriodicalId":414968,"journal":{"name":"Religião & Sociedade","volume":"122 7","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Religião & Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0100-85872021v42n1cap03","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Resumo: Este trabalho apresenta as reflexões e argumentos que deputados evangélicos sustentaram em relação ao aborto durante a Assembleia Constituinte (1987-1988). Destacamos as ideias de Costa Ferreira (PFL-MA), que argumentou contra a legalização do aborto como forma de proteger as mulheres e de evitar que desigualdades regionais acentuassem riscos que a prática do aborto poderia trazer à vida delas. No conjunto dos argumentos identifica-se uma leitura da mulher mais como ente familiar do que um sujeito político autônomo, cabendo ao homem e à sociedade decidir sobre a legalização ou não do aborto. O artigo também evidencia um ponto de divergência interna à bancada: a aceitação ou não do aborto em casos de gravidez de risco ou decorrente de violência sexual.