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O presente artigo discute a lingua(gem) sob o ponto de vista argumentativo-discursivo para tratar de questões de gênero, tendo como ponto de partida e contexto de fundo o discurso político brasileiro no governo Bolsonaro. A partir da análise do gênero textual “meme”, vislumbra-se o projeto de sequência argumentativa prototípica mínima de Adam (2008). A análise da sequência mostrará que, do ponto de vista textual, a crítica ao governo reproduzida pelo “meme” é fundamentada; porém, do ponto de vista discursivo, há deslizes do sentido, que tendem a mostrar uma identificação do sujeito crítico com o próprio objeto de sua crítica. Argumenta-se, deste modo, que os sujeitos constroem seus enunciados argumentativos para reforçar ou refutar determinado projeto político sem controlar completamente seus dizeres, dado que a formação discursiva, assim como a lingua(gem), não é de todo transparente.