R. Martins, Lia Raquel Moreira Oliveira, R. Ferreira
{"title":"Behavioral insomnia in a pediatric sleep clinic: retrospective study","authors":"R. Martins, Lia Raquel Moreira Oliveira, R. Ferreira","doi":"10.25753/BIRTHGROWTHMJ.V29.I1.15081","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introducao/Objetivo: A insonia comportamental e um disturbio do sono frequente em idade pediatrica, com repercussoes potencialmente negativas na saude, comportamento e capacidade cognitiva das criancas. O objetivo deste estudo foi caracterizar a populacao referenciada a uma consulta pediatrica do sono de um hospital terciario por insonia comportamental. Metodos: Estudo retrospetivo e descritivo baseado na revisao de processos clinicos de doentes seguidos por insonia na referida consulta especializada durante um periodo de oito anos (2008−2016). Os resultados sao apresentados como mediana (minimo–maximo), media (desvio padrao) e percentagem. Resultados: No total, 964 criancas foram referenciadas a consulta de sono, 162 (16.8%) das quais por insonia e 137 (14.2%) por insonia comportamental. A maioria (58.4%) era do sexo masculino e a mediana de idades aquando da referenciacao foi de 45 meses (5 meses–18 anos). A mediana da hora de deitar foi 22:00 (20:00–4:00), tendo sido frequentes os despertares noturnos, sobretudo em idade pre-escolar. Relativamente as rotinas na hora de deitar, 62% das criancas nao adormeciam sozinhas, 48.9% tinham televisao no quarto e 43.1% (11.9% das quais, adolescentes) precisavam de um objeto e 42.3% de luz acesa para adormecer. A maioria (62%) das criancas tinha uma rotina para adormecer, dependente do cuidador em criancas mais novas e de televisao e leitura nos adolescentes. Os sintomas diarios mais frequentemente referidos foram sonolencia em criancas mais velhas e irritabilidade em criancas mais novas. Relativamente ao tratamento, 29.9% encontrava-se a receber tratamento farmacologico antes da referenciacao. Conclusao: A maioria das criancas neste estudo encontrava-se em idade pre-escolar, a qual constitui uma importante janela de atuacao. A hora de deitar tardia, presenca de televisao no quarto e dependencia dos pais para adormecer foram frequentes, o que revela a necessidade de intervencao na area. Os autores propoem um maior investimento na formacao dos profissionais de saude e cuidadores, de modo a promover a adocao de medidas de higiene do sono adequadas como forma de prevencao.","PeriodicalId":31313,"journal":{"name":"Nascer e Crescer","volume":"3 1","pages":"9-16"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-03-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Nascer e Crescer","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25753/BIRTHGROWTHMJ.V29.I1.15081","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introducao/Objetivo: A insonia comportamental e um disturbio do sono frequente em idade pediatrica, com repercussoes potencialmente negativas na saude, comportamento e capacidade cognitiva das criancas. O objetivo deste estudo foi caracterizar a populacao referenciada a uma consulta pediatrica do sono de um hospital terciario por insonia comportamental. Metodos: Estudo retrospetivo e descritivo baseado na revisao de processos clinicos de doentes seguidos por insonia na referida consulta especializada durante um periodo de oito anos (2008−2016). Os resultados sao apresentados como mediana (minimo–maximo), media (desvio padrao) e percentagem. Resultados: No total, 964 criancas foram referenciadas a consulta de sono, 162 (16.8%) das quais por insonia e 137 (14.2%) por insonia comportamental. A maioria (58.4%) era do sexo masculino e a mediana de idades aquando da referenciacao foi de 45 meses (5 meses–18 anos). A mediana da hora de deitar foi 22:00 (20:00–4:00), tendo sido frequentes os despertares noturnos, sobretudo em idade pre-escolar. Relativamente as rotinas na hora de deitar, 62% das criancas nao adormeciam sozinhas, 48.9% tinham televisao no quarto e 43.1% (11.9% das quais, adolescentes) precisavam de um objeto e 42.3% de luz acesa para adormecer. A maioria (62%) das criancas tinha uma rotina para adormecer, dependente do cuidador em criancas mais novas e de televisao e leitura nos adolescentes. Os sintomas diarios mais frequentemente referidos foram sonolencia em criancas mais velhas e irritabilidade em criancas mais novas. Relativamente ao tratamento, 29.9% encontrava-se a receber tratamento farmacologico antes da referenciacao. Conclusao: A maioria das criancas neste estudo encontrava-se em idade pre-escolar, a qual constitui uma importante janela de atuacao. A hora de deitar tardia, presenca de televisao no quarto e dependencia dos pais para adormecer foram frequentes, o que revela a necessidade de intervencao na area. Os autores propoem um maior investimento na formacao dos profissionais de saude e cuidadores, de modo a promover a adocao de medidas de higiene do sono adequadas como forma de prevencao.