{"title":"Município de Cubatão, território manchado: poluição e a mídia de massa","authors":"F. R. Torres, André Munhoz de Argollo Ferrão","doi":"10.18316/mouseion.v0i41.9230","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O nome “Cubatão” desperta no ouvinte, principalmente aqueles que já possuem mais de quatro décadas de idade, lembranças de reportagens divulgadas em período compreendido entre as décadas de l970 e 1980. Invariavelmente vem à memória termos que associavam a cidade à poluição ambiental, riscos de contaminação. O presente artigo pretende refletir sobre o estigma que paira sobre Cubatão, Estado de São Paulo, como o “Vale da Morte” a partir do trabalho de Lúcia da Costa Ferreira. Faz-se necessário examinar tal questão sob o enfoque dos meios de comunicação, os “mass media”, através dos quais houve a sedimentação da informação no imaginário popular, mesmo decorridas várias décadas. Isto permitirá entender alguns mecanismos na formação da memória coletiva cubatense que, em decorrência dos fatos apresenta características de baixa autoestima, o que repercute no próprio sentimento de pertencimento. Além disto, pretende realçar que a “memória coletiva” – construída através da mídia impressa, rádio e televisão – referenciou a cidade como território de poluição permanente e se apoia nos conceitos de Pierre Nora e Marshall McLuhan.","PeriodicalId":52031,"journal":{"name":"Mouseion-Journal of the Classical Association of Canada","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2022-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Mouseion-Journal of the Classical Association of Canada","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i41.9230","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"CLASSICS","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O nome “Cubatão” desperta no ouvinte, principalmente aqueles que já possuem mais de quatro décadas de idade, lembranças de reportagens divulgadas em período compreendido entre as décadas de l970 e 1980. Invariavelmente vem à memória termos que associavam a cidade à poluição ambiental, riscos de contaminação. O presente artigo pretende refletir sobre o estigma que paira sobre Cubatão, Estado de São Paulo, como o “Vale da Morte” a partir do trabalho de Lúcia da Costa Ferreira. Faz-se necessário examinar tal questão sob o enfoque dos meios de comunicação, os “mass media”, através dos quais houve a sedimentação da informação no imaginário popular, mesmo decorridas várias décadas. Isto permitirá entender alguns mecanismos na formação da memória coletiva cubatense que, em decorrência dos fatos apresenta características de baixa autoestima, o que repercute no próprio sentimento de pertencimento. Além disto, pretende realçar que a “memória coletiva” – construída através da mídia impressa, rádio e televisão – referenciou a cidade como território de poluição permanente e se apoia nos conceitos de Pierre Nora e Marshall McLuhan.
“cubatao”这个名字让听众想起了1970年至1980年期间的报道,尤其是那些已经40岁以上的人。人们总是想起将城市与环境污染、污染风险联系在一起的术语。本文旨在反思笼罩在sao保罗州cubatao上的污名,即lucia da Costa Ferreira的作品中的“死亡谷”。有必要从媒体的角度来研究这个问题,即“大众媒体”,通过大众媒体,即使在几十年后,信息仍在大众想象中沉淀。这将使我们能够理解古巴集体记忆形成的一些机制,由于事实表现出低自尊的特征,这影响了自己的归属感。此外,它旨在强调通过印刷媒体、广播和电视建立的“集体记忆”,将城市视为永久污染的领土,并基于皮埃尔·诺拉和马歇尔·麦克卢汉的概念。