{"title":"A construção da imagem no adeus a Brizola: apontamentos sobre a cobertura do funeral pela imprensa","authors":"Graziane Ortiz Righi","doi":"10.46551/issn.2527-2551v19n1p94-117","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo pretende analisar como a imprensa escrita construiu a imagem de Leonel Brizola durante seu funeral, em junho de 2004. Embora o pedetista viesse enfrentado duras perdas eleitorais nos anos anteriores à sua morte, ele mantinha-se ativo na vida pública. A extensa cobertura de sua morte por diferentes veículos de comunicação das mais diversas perspectivas ideológicas, assim como a comoção popular - aliado ao esforço político de seus herdeiros - impulsionou a imagem de Brizola aos holofotes da política nacional. A crise política que levou ao golpe parlamentar contra Dilma Rousseff, em 2016, consolidou o retorno de sua imagem a partir do acesso a um Brizola de um passado mais longínquo: de sua luta pela democracia em 1961. Assim, a despeito de sua morte, a memória sobre o político segue pujante. Julguei mais adequado ao tema as interpretações já tradicionais de Maurice Halbwachs (1990). Além disso, a análise partiu de reflexões já apresentadas sobre a relação História e Imprensa, bem como as relações da imprensa e política. As fontes consultadas para esta reflexão foram os periódicos Zero Hora, Correio do Povo, O Globo e Jornal do Brasil.","PeriodicalId":30176,"journal":{"name":"OPSIS Revista do Departamento de Historia e Ciencias Sociais","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"OPSIS Revista do Departamento de Historia e Ciencias Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46551/issn.2527-2551v19n1p94-117","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo pretende analisar como a imprensa escrita construiu a imagem de Leonel Brizola durante seu funeral, em junho de 2004. Embora o pedetista viesse enfrentado duras perdas eleitorais nos anos anteriores à sua morte, ele mantinha-se ativo na vida pública. A extensa cobertura de sua morte por diferentes veículos de comunicação das mais diversas perspectivas ideológicas, assim como a comoção popular - aliado ao esforço político de seus herdeiros - impulsionou a imagem de Brizola aos holofotes da política nacional. A crise política que levou ao golpe parlamentar contra Dilma Rousseff, em 2016, consolidou o retorno de sua imagem a partir do acesso a um Brizola de um passado mais longínquo: de sua luta pela democracia em 1961. Assim, a despeito de sua morte, a memória sobre o político segue pujante. Julguei mais adequado ao tema as interpretações já tradicionais de Maurice Halbwachs (1990). Além disso, a análise partiu de reflexões já apresentadas sobre a relação História e Imprensa, bem como as relações da imprensa e política. As fontes consultadas para esta reflexão foram os periódicos Zero Hora, Correio do Povo, O Globo e Jornal do Brasil.
本文旨在分析媒体是如何在2004年6月莱昂内尔·布里佐拉的葬礼上塑造他的形象的。尽管在他去世前的几年里,他在选举中遭遇了惨败,但他仍然活跃在公众生活中。来自不同意识形态观点的不同媒体对布里佐拉之死的广泛报道,以及民众的骚动——加上他的继承人的政治努力——使布里佐拉的形象成为国家政治的焦点。这场政治危机导致了2016年反对迪尔玛•罗塞夫(Dilma Rousseff)的议会政变,巩固了她的形象,从更遥远的过去开始:1961年她为民主而斗争。因此,尽管他去世了,人们对这位政治家的记忆依然鲜活。我认为Maurice Halbwachs(1990)的传统诠释更适合这个主题。此外,分析是基于对历史与新闻关系、新闻与政治关系的反思。这一反思的来源是《零Hora》、《Correio do Povo》、《O Globo》和《Jornal do Brasil》。