{"title":"Metaficção Historiográfica em Desmundo, de Ana Miranda","authors":"Gislaine da Silva Feitosa, A. C. Andrade","doi":"10.5752/p.2358-3428.2022v26n56p329-342","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste trabalho, analisa-se a relação estabelecida entre a História e a Literatura na obra Desmundo. O romance, uma metaficção historiográfica, reconta criticamente um momento histórico da colonização brasileira, mas pela voz dos esquecidos, nesse caso, de mulheres. O objetivo desse artigo é analisar a revisão crítica da história que é operada por meio da perspectiva da narradora-protagonista Oribela, ou seja, a partir da visão de uma figura “excêntrica”. Tendo em vista que apenas o ponto de vista dos portugueses foi apresentado oficialmente na História, a perspectiva de Oribela ajuda a “preencher” as lacunas deixadas pela história oficial. Deste modo, os discursos da narradora-protagonista Oribela ora reproduzem, ora entram em embate com os discursos oficiais, constituindo uma intertextualidade com os enunciados históricos, além de representarem outras vozes ideológicas, fato que edifica a sua própria narração.","PeriodicalId":52749,"journal":{"name":"Scripta Alumni","volume":"47 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Scripta Alumni","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5752/p.2358-3428.2022v26n56p329-342","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste trabalho, analisa-se a relação estabelecida entre a História e a Literatura na obra Desmundo. O romance, uma metaficção historiográfica, reconta criticamente um momento histórico da colonização brasileira, mas pela voz dos esquecidos, nesse caso, de mulheres. O objetivo desse artigo é analisar a revisão crítica da história que é operada por meio da perspectiva da narradora-protagonista Oribela, ou seja, a partir da visão de uma figura “excêntrica”. Tendo em vista que apenas o ponto de vista dos portugueses foi apresentado oficialmente na História, a perspectiva de Oribela ajuda a “preencher” as lacunas deixadas pela história oficial. Deste modo, os discursos da narradora-protagonista Oribela ora reproduzem, ora entram em embate com os discursos oficiais, constituindo uma intertextualidade com os enunciados históricos, além de representarem outras vozes ideológicas, fato que edifica a sua própria narração.