{"title":"Vozes femininas decoloniais em Redemoinho em dia Quente, de Jarid Arraes","authors":"Amália Cardona Leites, C. Dalcin","doi":"10.4025/actascilangcult.v44i1.59758","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo desnudamos os contos de Redemoinho em dia quente (2019), de Jarid Arraes para reconhecermos as vozes decolonias que habitam as narrativas e ecoam resistência às violências cotidianas vivenciadas pelo ser mulher. Daremos especial atenção a três contos: ‘Cinco mil litros’; ‘Telhado quebrado com gente morando dentro’ e ‘Gesso’. Estes contos foram escolhidos porque compartilham a resiliência como modo de sobrevivência entre mulheres que subvertem seus destinos ao não aceitarem os abusos físicos, sexuais e financeiros e que, portanto, não se permitem colonizar. Também é fundamental a este trabalho o reconhecimento da importância de vozes como a de Arraes, mulher, negra e nordestina no cenário literário contemporâneo. A voz de Jarid destaca-se, sobretudo, por sua tomada de posição e entendimento do seu fazer político através da sua literatura. Dentre as conclusões possíveis, a mais urgente é a necessidade de que cada vez mais vozes como a de Jarid Arraes ocupem o campo literário e tomem a cena ficcional brasileira: mulheres que fazem literatura com as feridas que carregam nos seus corpos e que com as marcas de suas ancestralidades, conquistam novos espaços.","PeriodicalId":38982,"journal":{"name":"Acta Scientiarum Language and Culture","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Acta Scientiarum Language and Culture","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v44i1.59758","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo desnudamos os contos de Redemoinho em dia quente (2019), de Jarid Arraes para reconhecermos as vozes decolonias que habitam as narrativas e ecoam resistência às violências cotidianas vivenciadas pelo ser mulher. Daremos especial atenção a três contos: ‘Cinco mil litros’; ‘Telhado quebrado com gente morando dentro’ e ‘Gesso’. Estes contos foram escolhidos porque compartilham a resiliência como modo de sobrevivência entre mulheres que subvertem seus destinos ao não aceitarem os abusos físicos, sexuais e financeiros e que, portanto, não se permitem colonizar. Também é fundamental a este trabalho o reconhecimento da importância de vozes como a de Arraes, mulher, negra e nordestina no cenário literário contemporâneo. A voz de Jarid destaca-se, sobretudo, por sua tomada de posição e entendimento do seu fazer político através da sua literatura. Dentre as conclusões possíveis, a mais urgente é a necessidade de que cada vez mais vozes como a de Jarid Arraes ocupem o campo literário e tomem a cena ficcional brasileira: mulheres que fazem literatura com as feridas que carregam nos seus corpos e que com as marcas de suas ancestralidades, conquistam novos espaços.
在这篇文章中,我们揭示了Jarid Arraes的Redemoinho em dia quente(2019)的故事,以识别非殖民地的声音,这些声音居住在叙事中,呼应了作为女性所经历的日常暴力的抵抗。我们将特别关注三个故事:“5000升”;“屋顶破碎,人们住在里面”和“石膏”。之所以选择这些故事,是因为它们在那些不接受身体、性和经济虐待、因此不允许自己被殖民而颠覆自己命运的女性中共享生存的韧性。同样重要的是,这部作品认识到声音的重要性,如阿拉斯,女人,黑人和东北在当代文学场景。贾里德的声音之所以引人注目,主要是因为他通过文学表达了自己的立场和对自己政治行为的理解。结论的可能性中,最迫切的是需要越来越多的声音像死者约Arraes占据乡村文学和巴西采取虚构的场景:女人和文学在身体承受着伤口,和品牌的ancestralidades征服新的领域。