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Abstract
O presente ensaio identifica a estrutura básica (ou "núcleo motor") dos enunciados narrativos de Jair Bolsonaro que apontam para a não realização de eleições em 2022. Em uma abordagem histórica e discursiva, investiga fatores sociais e textualidades que, não sendo realizadas na cadeia significante daqueles enunciados, configuram as próprias condições de produção desse discurso golpista. Chega-se ao entendimento de um jogo disjuntivo assimétrico entre enunciação e discurso, entre uma defesa de atitudes democráticas (palanque de enunciação) e um alerta/ameaça de ruptura inexorável no horizonte histórico (historicização), entre aquilo que o enunciador precisa dizer e aquilo que os interlocutores precisam entender.