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Abstract
A migração de brasileiros, que deixam seu país à procura de melhores condições de vida, vem mostrando que a necessidade de inserção no mundo do trabalho não é o único fator que influencia essa tomada de decisão. Nos últimos anos passou-se a vislumbrar com maior nitidez casos onde a motivação foi a forma como as políticas educacionais foram historicamente estruturadas no Brasil e é com o intuito de contribuir para com esse debate que apresentamos o presente artigo, que tem como objetivo principal discutir a migração de brasileiros, para nações latino-americanas, por conta da das políticas educacionais de acesso à universidade que atuam como fator de expulsão. Este trabalho foi construído a partir da leitura de referencial bibliográfico referente à temática e entrevistas com brasileiros que imigraram para Rosário, na província argentina de Santa Fé para estudar medicina na Universidade Nacional de Rosário. Os resultados da pesquisa demonstraram que a forma como as políticas educacionais estão organizadas no Brasil contribui para a manutenção da desigualdade social e elitização das universidades e que a migração foi para os entrevistados a única forma de ter acesso a um ensino de qualidade em uma universidade pública, de forma gratuita e sem processos seletivos excludentes já que na Argentina a educação, desde o nível básico até o superior, é tratado como um direito humano inerente a todos, inclusive estrangeiros.