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Abstract
Este artigo tem o objetivo de descrever e analisar as propriedades gramaticais, semânticas e discursivo-argumentativas das proposições tautológicas de identidade, como em uma mulher é uma mulher. Com base em um corpus coletado da internet, as proposições foram analisadas, considerando-se a tipologia semântica dessas tautologias proposta por Wierzbicka (2003) e o tratamento dado a elas na Nova Retórica, de Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996). Os resultados apontam para uma ampla utilização desse tipo de tautologia no discurso coloquial, em gêneros publicitários, literários, artísticos (música e cinema), humorísticos, religiosos e políticos. Além disso, os significados dessas proposições, ao mesmo tempo em que expressam uma generalização sobre atitudes, eventos, pessoas e coisas, se constroem como verdades absolutas, imutáveis e compartilhadas culturalmente, contribuindo, inclusive, para a manutenção de estereótipos.