{"title":"O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro como preparador da História (1850-1889)","authors":"Isadora Tavares Maleval","doi":"10.4013/hist.2020.241.05","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem o intuito de investigar na Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro entre 1850 e 1889 os limites para a escrita da historia do presente no seculo XIX. A associacao e seus membros normalmente desqualificavam tal pratica, primando por uma moderna nocao de historia, que aliaria afastamento temporal a imparcialidade, e por conta de contingencias politicas do proprio contexto. Em ambos os casos, a chave do “tribunal da posteridade” aparecia como central nessa politica de ocultamento ou de arquivamento de narrativas sobre os eventos coetâneos. Por outro lado, com o passar dos anos, eventos antes considerados recentes e, portanto, proibidos no territorio da historia, tornaram-se mais passiveis de serem trabalhados com a seriedade exigida pelos socios do Instituto Historico e Geografico Brasileiro (IHGB). Retoma-se aqui os casos da Revolucao Pernambucana (1817) e da Farroupillha (1835-1845) para entender por quais meios esse complexo processo se deu.","PeriodicalId":42877,"journal":{"name":"Historia Unisinos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2020-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Historia Unisinos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4013/hist.2020.241.05","RegionNum":4,"RegionCategory":"历史学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo tem o intuito de investigar na Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro entre 1850 e 1889 os limites para a escrita da historia do presente no seculo XIX. A associacao e seus membros normalmente desqualificavam tal pratica, primando por uma moderna nocao de historia, que aliaria afastamento temporal a imparcialidade, e por conta de contingencias politicas do proprio contexto. Em ambos os casos, a chave do “tribunal da posteridade” aparecia como central nessa politica de ocultamento ou de arquivamento de narrativas sobre os eventos coetâneos. Por outro lado, com o passar dos anos, eventos antes considerados recentes e, portanto, proibidos no territorio da historia, tornaram-se mais passiveis de serem trabalhados com a seriedade exigida pelos socios do Instituto Historico e Geografico Brasileiro (IHGB). Retoma-se aqui os casos da Revolucao Pernambucana (1817) e da Farroupillha (1835-1845) para entender por quais meios esse complexo processo se deu.