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Abstract
A definição ostensiva, ao basear-se na ostensividade, visa indicar que a linguagem humana se norteia, tão somente, na gesticulação e indicação. Nesse sentido, semelhante teoria linguística exclui, em grande parte, a considerável eminência da simbologia e internalização inscritos na dinamicidade e interioridade inerentes à linguagem humana. Desse modo, a definição ostensiva, com a pretensão de ser a tese paradigmática sobre a linguagem humana, não a explicitaria, tampouco sintetizaria em si toda a riqueza presente na linguagem humana. Perante isso, o presente artigo visa refletir acerca da ambiguidade da definição ostensiva e a convergência entre Wittgenstein e Agostinho. Ambos, embora distante temporalmente, não endossam a definição ostensiva como base de suas teses sobre a linguagem humana. Assim, em primeiro lugar, será apresentada uma conceituação sobre a definição ostensiva. Para depois, investigar sobre a crítica de Wittgenstein sobre tal conceito linguístico e, por fim, ponderar que, também, Agostinho não tem a definição ostensiva como base de sua concepção sobre a linguagem.