Uma arqueologia do não-contato: povos indígenas isolados e a materialidade arqueológica das matas e plantas na Amazônia

IF 0.3 0 ARCHAEOLOGY
Daniel Rocha Cangussu Alves, Laura Pereira Furquim, Wlliam Perez, Karen Shiratori, L. Machado, Ana Carla Bruno, E. G. Neves
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Abstract

A partir da institucionalização da política do não-contato pela FUNAI na década de 1980, há uma demanda pelo desenvolvimento de métodos de monitoramento dos povos indígenas isolados, buscando respeitar sua recusa ao contato. Neste cenário, se entrelaçam a arqueologia e o indigenismo. O monitoramento tem por base a análise dos vestígios deixados nas florestas: acampamentos abandonados, caminhos antigos ou recentes, áreas de manejo florestal, armadilhas de pesca e outras marcas gravadas nas árvores, que indicam a presença humana. Se a análise dos vestígios dos povos isolados se conforma como uma arqueologia do tempo presente, então a efetivação da política oficial do isolamento criou uma prática de “arqueologia do não-contato”. Este artigo busca sistematizar uma parte do conhecimento acumulado nas últimas décadas por indigenistas, e integrá-lo à prática arqueológica, a partir da análise de ecofatos que derivam do manejo e do uso de plantas, expressos principalmente em feições antrópicas na mata.
非接触考古学:与世隔绝的土著人民和亚马逊森林和植物的考古物质性
自从1980年代FUNAI的不接触政策制度化以来,就需要发展监测孤立土著人民的方法,设法尊重他们拒绝接触。在这种情况下,考古学和土著主义交织在一起。监测是基于对森林中留下的痕迹的分析:废弃的营地、旧的或新的道路、森林管理区域、陷阱和记录在树上的其他表明人类存在的痕迹。如果对孤立民族遗迹的分析符合当代考古学,那么官方孤立政策的实施创造了一种“非接触考古学”的实践。本文试图将近几十年来土著居民积累的部分知识系统化,并将其整合到考古实践中,分析来自植物管理和使用的生态事实,主要表现在森林中的人类特征。
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