{"title":"TECENDO VIDAS LINHAGEM FAMILIAR E CORPOS FEMININOS APROXIMAÇÕES ENTRE DESESTERRO, DE S. SMANIOTO, E COM ARMAS SONOLENTAS, DE C. SAAVEDRA","authors":"Carlos Eduardo Bione","doi":"10.48075/RT.V16I38.24173","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo propõe-se a uma leitura comparativa dos romances Desesterro (2015) de Sheyla Smanioto e Com armas sonolentas (2018) de Carola Saavedra. A partir da matéria comum aos dois livros, a saber, a representação de uma linhagem familiar composta exclusivamente por mulheres, analisaremos a presença da violência, física e simbólica, na construção das narrativas e seus efeitos no processo de compleição das personagens. Como instrumentos teóricos teremos como ponto de partida o conceito de locus fraturado proposto por Lugones (2014), a categoria de personagem disruptiva caracterizada pela noção de trânsfuga, trabalhada por Bourdieu (1970) e Jaquet (2014) e, por fim, a proposta de Young (2003) de entender as especificidades da dinâmica entre gênero e violência a partir da noção de serialidade.ReferênciasADORNO, T. W. O que significa elaborar o passado. Trad. Wolfgang Leo Maar. Disponível em : bit.ly/2JL1z46. Acessado em: 10 outubro 2019.ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.BERND, Z. e SOARES, T. Modos de transmissão intergeracional em romances da literatura brasileira atual. Alea: Estudos Neolatinos. Rio de Janeiro: UFRJ, 2016.BORGES, M. E. e OLIVEIRA, J. R. de. Retratos memoriais: nascimento/morte da linhagem familiar burguesa. Fênix Revista de História e Estudos Culturais. Maio/jun/jul/ago, vol. 9, ano IX, n.º 2, 2012.BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.DA MATA, A. L. N. Como vai a família? As reconfigurações da instituição familiar no imaginário do romance brasileiro contemporâneo. Revue d’études ibériques et ibéro-américaines, vol. 2, 2012.DALCASTAGNÈ, R. A personagem do romance brasileiro contemporâneo: 1990-2004. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n.º 26, p. 13-71, 2005.ERIBON, D. La société comme verdict – classes, identités, trajectoires. Paris: Flammarion, 2014.GIRARD, R. Le bouc émissaire. Paris: Grasset, 1982.JAQUET, C. Les Transclasses – ou la non-reproduction. Paris: PUF, 2014.LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas. Florianópolis, dez. 2014.SAAVEDRA, C. Com armas sonolentas. São Paulo: Cia das Letras, 2018.SMANIOTO, S. Desesterro. Rio de Janeiro: Record, 2015.VAINFAS, R. Trópico dos pecados. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989.YOUNG, I. M. O género como serialidade. Pensar as mulheres como um colectivo social. Revista Ex Aequo Associação Portuguesa de Estudos sobre Mulheres. Lisboa, n.º 8. p. 113-139, 2003.Recebido em 03-03-2020 | Aceito em 24-05-2020","PeriodicalId":53286,"journal":{"name":"La Trama de la Comunicacion","volume":"39 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"La Trama de la Comunicacion","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/RT.V16I38.24173","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo propõe-se a uma leitura comparativa dos romances Desesterro (2015) de Sheyla Smanioto e Com armas sonolentas (2018) de Carola Saavedra. A partir da matéria comum aos dois livros, a saber, a representação de uma linhagem familiar composta exclusivamente por mulheres, analisaremos a presença da violência, física e simbólica, na construção das narrativas e seus efeitos no processo de compleição das personagens. Como instrumentos teóricos teremos como ponto de partida o conceito de locus fraturado proposto por Lugones (2014), a categoria de personagem disruptiva caracterizada pela noção de trânsfuga, trabalhada por Bourdieu (1970) e Jaquet (2014) e, por fim, a proposta de Young (2003) de entender as especificidades da dinâmica entre gênero e violência a partir da noção de serialidade.ReferênciasADORNO, T. W. O que significa elaborar o passado. Trad. Wolfgang Leo Maar. Disponível em : bit.ly/2JL1z46. Acessado em: 10 outubro 2019.ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.BERND, Z. e SOARES, T. Modos de transmissão intergeracional em romances da literatura brasileira atual. Alea: Estudos Neolatinos. Rio de Janeiro: UFRJ, 2016.BORGES, M. E. e OLIVEIRA, J. R. de. Retratos memoriais: nascimento/morte da linhagem familiar burguesa. Fênix Revista de História e Estudos Culturais. Maio/jun/jul/ago, vol. 9, ano IX, n.º 2, 2012.BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.DA MATA, A. L. N. Como vai a família? As reconfigurações da instituição familiar no imaginário do romance brasileiro contemporâneo. Revue d’études ibériques et ibéro-américaines, vol. 2, 2012.DALCASTAGNÈ, R. A personagem do romance brasileiro contemporâneo: 1990-2004. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n.º 26, p. 13-71, 2005.ERIBON, D. La société comme verdict – classes, identités, trajectoires. Paris: Flammarion, 2014.GIRARD, R. Le bouc émissaire. Paris: Grasset, 1982.JAQUET, C. Les Transclasses – ou la non-reproduction. Paris: PUF, 2014.LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas. Florianópolis, dez. 2014.SAAVEDRA, C. Com armas sonolentas. São Paulo: Cia das Letras, 2018.SMANIOTO, S. Desesterro. Rio de Janeiro: Record, 2015.VAINFAS, R. Trópico dos pecados. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989.YOUNG, I. M. O género como serialidade. Pensar as mulheres como um colectivo social. Revista Ex Aequo Associação Portuguesa de Estudos sobre Mulheres. Lisboa, n.º 8. p. 113-139, 2003.Recebido em 03-03-2020 | Aceito em 24-05-2020