{"title":"Princípio do Tratamento Especial e Diferenciado na OMC e a necessidade de se adotar novos critérios de desenvolvimento","authors":"Juliana Marteli Fais Feriato","doi":"10.36311/2237-7743.2021.v10n2.p312-331","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os países-membros da OMC estão divididos em três categorias: os desenvolvidos, menos desenvolvidos e em desenvolvimento. Enquanto os países menos desenvolvidos são aqueles assim determinados pela ONU, com base no IDH (índice de desenvolvimento humano), os países em desenvolvimento tem a liberdade de assim se intitularem. Considerando as dificuldades dos países menos desenvolvidos e em desenvolvimento de abrir seus mercados, cumprir as obrigações e usufruir os direitos previstos nos acordos da OMC, esta abriu exceções pelo princípio do tratamento especial e diferenciado a esses países. Ocorre que, o contexto no qual surgiu a OMC, na década de noventa, difere do cenário atual, em que aparecem os Estados emergentes, como China e Brasil, com forte poderio econômico. Numa organização, cuja tomada de decisões depende do consenso de todos os membros, as dificuldades diante do dinamismo da economia internacional são evidentes. Nesse sentido, o presente trabalho pretende demonstrar a necessidade da OMC de se adotar parâmetros próprios de desenvolvimento para a concretização de novos acordos comerciais. Para tanto, será analisada a atuação dos principais membros da OMC, respectivamente, desenvolvidos e em desenvolvimento no que concerne as medidas de defesa comercial e o recurso ao Órgão de Soluções de Controvérsias e demonstrar que o IDH não constitui índice suficiente para se determina as categorias de desenvolvimento na OMC.","PeriodicalId":37936,"journal":{"name":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Austral: Brazilian Journal of Strategy and International Relations","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36311/2237-7743.2021.v10n2.p312-331","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os países-membros da OMC estão divididos em três categorias: os desenvolvidos, menos desenvolvidos e em desenvolvimento. Enquanto os países menos desenvolvidos são aqueles assim determinados pela ONU, com base no IDH (índice de desenvolvimento humano), os países em desenvolvimento tem a liberdade de assim se intitularem. Considerando as dificuldades dos países menos desenvolvidos e em desenvolvimento de abrir seus mercados, cumprir as obrigações e usufruir os direitos previstos nos acordos da OMC, esta abriu exceções pelo princípio do tratamento especial e diferenciado a esses países. Ocorre que, o contexto no qual surgiu a OMC, na década de noventa, difere do cenário atual, em que aparecem os Estados emergentes, como China e Brasil, com forte poderio econômico. Numa organização, cuja tomada de decisões depende do consenso de todos os membros, as dificuldades diante do dinamismo da economia internacional são evidentes. Nesse sentido, o presente trabalho pretende demonstrar a necessidade da OMC de se adotar parâmetros próprios de desenvolvimento para a concretização de novos acordos comerciais. Para tanto, será analisada a atuação dos principais membros da OMC, respectivamente, desenvolvidos e em desenvolvimento no que concerne as medidas de defesa comercial e o recurso ao Órgão de Soluções de Controvérsias e demonstrar que o IDH não constitui índice suficiente para se determina as categorias de desenvolvimento na OMC.
期刊介绍:
AUSTRAL: Brazilian Journal of Strategy and International Relations was the first Brazilian journal in the area of International Relations to be fully published in English (2012). It is an essentially academic vehicle, linked to the Brazilian Centre of Strategy & International Relations (NERINT) and the Doctoral Program in International Strategic Studies (PPGEEI) of the Faculty of Economics (FCE) of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Its pluralist focus aims to contribute to the debate on the international political and economic order from the perspective of the developing world. The journal publishes original articles in the area of Strategy and International Relations, with special interest in issues related to developing countries and South-South Cooperation – its security problems; the political, economic and diplomatic developments of emerging countries; and their relations with the traditional powers. AUSTRAL is published semi-annually in English and Portuguese. The journal’s target audience consists of researchers, experts, diplomats, military personnel and graduate students of International Relations. The content of the journal consists of in-depth analytical articles written by experts (Professors and Doctors), focusing on each of the great continents of the South: Asia, Latin America and Africa. Thus, the debate and diffusion of knowledge produced in these regions is stimulated. All contributions submitted to AUSTRAL are subject to rigorous scientific evaluation.