{"title":"TREM FANTASMA POR FOOT HARDMAN E SUA RECEPÇÃO PELA CRÍTICA DO JORNALISMO CULTURAL DO RIO E SÃO PAULO (1988-2005)","authors":"Alexandre Pacheco","doi":"10.15210/cdl.v0i43.21881","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho analisa certas representações literárias do discurso da crítica jornalística que recepcionou a obra Trem Fantasma, de Francisco Foot Hardman, na imprensa do Rio e São Paulo nos anos de 1988-2005. De uma forma geral, a crítica jornalística mobilizou o tema da obra, ou seja, o colapso da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para a projeção de um exame sobre os descaminhos da nação brasileira em busca do progresso. A fundamentação teórica levou em conta os estudos do jornalismo cultural e suas relações com a crítica literária acadêmica, como também o uso do conceito de representação de Roger Chartier. Os resultados da pesquisa demonstram três momentos de projeções da crítica jornalística sobre a obra em questão: Em um primeiro momento, a projeção de uma Madeira Mamoré como representação das mazelas do sonho nacional do desenvolvimento das elites brasileiras. Em um segundo momento, a projeção das ações políticas modernizantes e deslumbradas das nossas elites que levaram à construção e ao colapso da Madeira Mamoré. Já em um terceiro momento, a projeção da Madeira Mamoré sob o impacto do processo de globalização do final do século XX e inícios do século XXI. Em seu conjunto, enfim, as representações indicaram a ferrovia Madeira Mamoré na obra Trem Fantasma, como um dos exemplos históricos que sempre dificultaram o ingresso do país no concerto das nações mais desenvolvidas.","PeriodicalId":31707,"journal":{"name":"Caderno de Letras","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Caderno de Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/cdl.v0i43.21881","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente trabalho analisa certas representações literárias do discurso da crítica jornalística que recepcionou a obra Trem Fantasma, de Francisco Foot Hardman, na imprensa do Rio e São Paulo nos anos de 1988-2005. De uma forma geral, a crítica jornalística mobilizou o tema da obra, ou seja, o colapso da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para a projeção de um exame sobre os descaminhos da nação brasileira em busca do progresso. A fundamentação teórica levou em conta os estudos do jornalismo cultural e suas relações com a crítica literária acadêmica, como também o uso do conceito de representação de Roger Chartier. Os resultados da pesquisa demonstram três momentos de projeções da crítica jornalística sobre a obra em questão: Em um primeiro momento, a projeção de uma Madeira Mamoré como representação das mazelas do sonho nacional do desenvolvimento das elites brasileiras. Em um segundo momento, a projeção das ações políticas modernizantes e deslumbradas das nossas elites que levaram à construção e ao colapso da Madeira Mamoré. Já em um terceiro momento, a projeção da Madeira Mamoré sob o impacto do processo de globalização do final do século XX e inícios do século XXI. Em seu conjunto, enfim, as representações indicaram a ferrovia Madeira Mamoré na obra Trem Fantasma, como um dos exemplos históricos que sempre dificultaram o ingresso do país no concerto das nações mais desenvolvidas.