{"title":"Padrões demográficos e desigualdades socioeconômicas no Rio Grande do Sul","authors":"L. Lazaretti, Felipe Orsolin Teixeira","doi":"10.7867/2317-5443.2022v10n1p47-74","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A redução nas taxas de fecundidade e de mortalidade contribuem para o envelhecimento da população e geram mudanças socioeconômicas. O menor número de filhos está relacionado, principalmente, ao desenvolvimento socioeconômico e ao maior nível de educação e renda das mulheres, o que varia entre as regiões. No entanto, fatores além da renda e da educação, tal como questões relacionas a cultura e ao planejamento familiar, também podem influenciar no processo de transição demográfica. Este artigo tem como objetivo investigar padrões demográficos de vulnerabilidade para o estado. Utilizam-se o método de análise fatorial e a análise exploratória de dados espaciais. Os resultados indicaram que em municípios com pouca urbanização o percentual de nascimentos é maior entre as mães sem instrução. Além disso, embora constatada a existência de uma relação entre o processo de transição demográfica e o nível de desenvolvimento econômico, o número de nascimentos entre as faixas de renda e níveis de escolaridades das mães não são homogêneos entre os municípios. A presença de clusters espaciais de elevado número de filhos entre as mães com baixo ou sem rendimentos e entre aquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto evidencia regiões com alta vulnerabilidade socioeconômica, uma vez que a mobilidade intergeracional de renda e educação não seja superada.","PeriodicalId":34992,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Gestao e Desenvolvimento Regional","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Gestao e Desenvolvimento Regional","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.7867/2317-5443.2022v10n1p47-74","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A redução nas taxas de fecundidade e de mortalidade contribuem para o envelhecimento da população e geram mudanças socioeconômicas. O menor número de filhos está relacionado, principalmente, ao desenvolvimento socioeconômico e ao maior nível de educação e renda das mulheres, o que varia entre as regiões. No entanto, fatores além da renda e da educação, tal como questões relacionas a cultura e ao planejamento familiar, também podem influenciar no processo de transição demográfica. Este artigo tem como objetivo investigar padrões demográficos de vulnerabilidade para o estado. Utilizam-se o método de análise fatorial e a análise exploratória de dados espaciais. Os resultados indicaram que em municípios com pouca urbanização o percentual de nascimentos é maior entre as mães sem instrução. Além disso, embora constatada a existência de uma relação entre o processo de transição demográfica e o nível de desenvolvimento econômico, o número de nascimentos entre as faixas de renda e níveis de escolaridades das mães não são homogêneos entre os municípios. A presença de clusters espaciais de elevado número de filhos entre as mães com baixo ou sem rendimentos e entre aquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto evidencia regiões com alta vulnerabilidade socioeconômica, uma vez que a mobilidade intergeracional de renda e educação não seja superada.
期刊介绍:
A Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional (G&DR), em versão exclusivamente eletrônica, é uma publicação quadrimestral do programa de Pós-Graduação stricto e lato sensu em Gestão e Desenvolvimento Regional da Universidade de Taubaté (SP). Foi criada com três objetivos básicos: dar vazão a vasta produção científica que se avoluma, na área, nas universidades brasileiras e que, por falta de espaço e de um veículo específico, não circula e, portanto, não é discutida, criticada e referenciada; estimular o debate acadêmico sobre a questão regional em suas diferentes dimensões, valorizando, sobretudo, os diálogos interdisciplinares.