{"title":"EFEITO METAFÓRICO DE “CABELO CRESPO” NA CONDIÇÃO DA TRANSIÇÃO CAPILAR","authors":"Camila RAMOS DE PAULA","doi":"10.48075/rt.v18i44.29280","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa é resultado da dissertação de mestrado que teve por objetivo analisar o discurso sobre o cabelo crespo na condição de transição capilar e como, a partir disso, um perfil-mulher passa a ser significado. Para a realização das análises, foram selecionadas Sequências Discursivas (SDs) que dizem sobre os tipos de cabelos (lisos, ondulados, cacheados e crespos). As SDs foram selecionadas do ambiente digital (Revista Veja online, Folha de São Paulo online, recortes de um texto de um blog e publicações e comentários da rede social Instagram) e, aqui neste ensaio, selecionamos apenas algumas SDs recortadas da matéria da Revista Veja online: “De volta às raízes”, publicada em outubro de 2018. Em síntese, a problemática da pesquisa foi identificar quais efeitos de sentido permeiam o dito sobre o empoderamento feminino a partir da “aceitação” ou não do cabelo natural crespo. Para a realização da análise, utilizamos a teoria da Análise do Discurso de linha francesa, sobretudo os estudos de Michel Pêcheux, e destacamos neste artigo o conceito de metáfora. A pesquisa foi de base qualitativa e de cunho interpretativista. Por meio da análise das SDs, identificamos um deslocamento metafórico sobre os termos “cabelo crespo”, quer dizer, os sentidos dos termos dependem da Formação Discursiva em que o sujeito se inscreve. Assim, ter o cabelo crespo pode significar algo “bom” e, ademais, “ruim”. Percebemos que o cabelo em uso, “assumir” os fios no social, carrega sentidos que ecoam no social, e isso é histórico e também mercadológico.","PeriodicalId":53286,"journal":{"name":"La Trama de la Comunicacion","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"La Trama de la Comunicacion","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/rt.v18i44.29280","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esta pesquisa é resultado da dissertação de mestrado que teve por objetivo analisar o discurso sobre o cabelo crespo na condição de transição capilar e como, a partir disso, um perfil-mulher passa a ser significado. Para a realização das análises, foram selecionadas Sequências Discursivas (SDs) que dizem sobre os tipos de cabelos (lisos, ondulados, cacheados e crespos). As SDs foram selecionadas do ambiente digital (Revista Veja online, Folha de São Paulo online, recortes de um texto de um blog e publicações e comentários da rede social Instagram) e, aqui neste ensaio, selecionamos apenas algumas SDs recortadas da matéria da Revista Veja online: “De volta às raízes”, publicada em outubro de 2018. Em síntese, a problemática da pesquisa foi identificar quais efeitos de sentido permeiam o dito sobre o empoderamento feminino a partir da “aceitação” ou não do cabelo natural crespo. Para a realização da análise, utilizamos a teoria da Análise do Discurso de linha francesa, sobretudo os estudos de Michel Pêcheux, e destacamos neste artigo o conceito de metáfora. A pesquisa foi de base qualitativa e de cunho interpretativista. Por meio da análise das SDs, identificamos um deslocamento metafórico sobre os termos “cabelo crespo”, quer dizer, os sentidos dos termos dependem da Formação Discursiva em que o sujeito se inscreve. Assim, ter o cabelo crespo pode significar algo “bom” e, ademais, “ruim”. Percebemos que o cabelo em uso, “assumir” os fios no social, carrega sentidos que ecoam no social, e isso é histórico e também mercadológico.