{"title":"John Rawls e Charles Taylor: Liberalismo igualitário e comunitarismo/multiculturalismo. Um diálogo possível?","authors":"R. Silva, Francioli Bagatin","doi":"10.48075/RTC.V27I54.26650","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O liberalismo igualitário de John Rawls é um dos temas centrais das discussões produzidas no interior da teoria política contemporânea. Sua teoria de justiça - apresentada em sua obra Uma teoria de justiça, publicada em 1971 - foi elaborada tendo como premissa o fato de que as sociedades contemporâneas são complexas e plurais. Diante de sociedades como essas, qual seria a teoria de justiça mais adequada? Sabendo que seus indivíduos são livres, iguais e racionais, ele afirma que a as regras de associação nas referidas sociedades deveriam ser pautadas na ideia de justiça como equidade. Sua teoria suscitou um grande conjunto de debates, das mais diferentes matrizes teóricas, inclusive internamente no liberalismo. Neste trabalho será apresentada apenas uma delas, a do teórico Charles Taylor, elaborada a partir de uma vertente do comunitarismo, o multiculturalismo. As contribuições desse autor vêm no sentido de fazer uma crítica à teoria normativa rawlsiana, que é acusada de não dar conta da diversidade das sociedades, pois ainda está presa ao sujeito construído pelo iluminismo, que é adjetivado como abstrato. Taylor, por sua vez, se insere no debate, retomando o conceito de reconhecimento, debate o qual está muito associado às discussões acerca da identidade de sujeitos e grupos sociais e da valorização de suas particularidades enquanto tal. ","PeriodicalId":22334,"journal":{"name":"Tempo da Ciência","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tempo da Ciência","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/RTC.V27I54.26650","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O liberalismo igualitário de John Rawls é um dos temas centrais das discussões produzidas no interior da teoria política contemporânea. Sua teoria de justiça - apresentada em sua obra Uma teoria de justiça, publicada em 1971 - foi elaborada tendo como premissa o fato de que as sociedades contemporâneas são complexas e plurais. Diante de sociedades como essas, qual seria a teoria de justiça mais adequada? Sabendo que seus indivíduos são livres, iguais e racionais, ele afirma que a as regras de associação nas referidas sociedades deveriam ser pautadas na ideia de justiça como equidade. Sua teoria suscitou um grande conjunto de debates, das mais diferentes matrizes teóricas, inclusive internamente no liberalismo. Neste trabalho será apresentada apenas uma delas, a do teórico Charles Taylor, elaborada a partir de uma vertente do comunitarismo, o multiculturalismo. As contribuições desse autor vêm no sentido de fazer uma crítica à teoria normativa rawlsiana, que é acusada de não dar conta da diversidade das sociedades, pois ainda está presa ao sujeito construído pelo iluminismo, que é adjetivado como abstrato. Taylor, por sua vez, se insere no debate, retomando o conceito de reconhecimento, debate o qual está muito associado às discussões acerca da identidade de sujeitos e grupos sociais e da valorização de suas particularidades enquanto tal.