A. A. D. Albuquerque e Melo, I. Pereira, L. Jales, Matheus Batista Simões
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Abstract
Este artigo possui como objeto de estudo o pátio ferroviário da Estação Nova de Campina Grande, cidade localizada no agreste paraibano, no Nordeste brasileiro. Construído entre os anos de 1957 a 1961, o pátio funcionou durante décadas e fez parte da linha de transporte de cargas e passageiros entre os estados de Paraíba e Pernambuco,e a privatização da RFFSA/Rede Ferroviária Federal S.A. em 1996 culminou com o seu abandono, que segue até os dias atuais. O texto objetiva apresentar as experiências e investigações que estão sendo desenvolvidas pelo grupo de pesquisa Arquitetura e Lugar/ Grupal, vinculado ao curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Campina Grande/UFCG - em prol do resgate e da salvaguarda patrimonial do conjunto arquitetônico e urbanístico ferroviário. Justifica-se a abordagem dessa temática considerando que desde o início do século XXI, a área vêm sendo saqueada e em litígio judicial entre o governo federal e o municipio, que durante anos se negou a aceitar a posse desse patrimônio ferroviário, alegando a falta de recursos para geri-lo, mas que agora, em 2021, sinalizou o anseio em ter a posse da área. A metodologia se baseia em uma linha de investigação que desenvolve pesquisas com abordagem qualitativa, de natureza aplicada, com objetivos exploratórios e descritivos (GIL, 2008); em seus procedimentos, traz-se investigações bibliográficas, documentais, e de campo, podendo ser classificada como uma pesquisa experimental. Esta parte do pressuposto disseminado por Serra (2006), que compreende o estudo do objeto arquitetônico como um processo, que dialoga com um sistema que o circunda, composto por aspectos geográficos, históricos, sociais, culturais, econômicos e políticos. Considera-se nesta pesquisa a fundamental importância da interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dessas áreas do conhecimento.