Priscila Oliboni, Flávia Cristina Sossae, J. M. G. Ferraz, M. L. Ribeiro, Zildo Gallo, M. N. Schlindwein
{"title":"Levantamento do uso e preparo de plantas medicinais pelos moradores da cidade de Bandeirante - SC","authors":"Priscila Oliboni, Flávia Cristina Sossae, J. M. G. Ferraz, M. L. Ribeiro, Zildo Gallo, M. N. Schlindwein","doi":"10.25061/2527-2675/rebram/2022.v25i1.1362","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O uso de plantas medicinais na recuperação da saúde tem evoluído ao longo do tempo, utilizadas pelo homem primitivo, até as mais sofisticadas formas tecnológicas adotadas pelo homem moderno. Representam uma importante ferramenta na promoção da saúde em muitas regiões do Brasil, e veem sendo investigadas também no estado de Santa Catarina. O presente trabalho teve como finalidade realizar um levantamento das plantas e o seu uso medicinal, junto aos moradores do município de Bandeirante-SC. Durante o período de janeiro a julho de 2019, uma amostra de 40 pessoas foram entrevistadas, escolhidas pela técnica conhecida como bola de neve (snowball sampling), utilizando um roteiro de entrevista estruturado, com questões abertas e fechadas, que abordou dados referentes às características pessoais como idade, escolaridade, tempo de residência no município e a utilização das plantas como remédio pelos moradores. Os entrevistados mencionaram 40 espécies distribuídas em 18 famílias e Lamiaceae (11), Asteraceae (09) foram as que apresentaram maior número de espécies. As plantas mais mencionadas como Gervão (Stachytarpheta cayennensis), Cavalinha (Equisetum hiemale), Mentinha (Hyptis atrorubens), Quebra Pedra (Phyllanthus niruri), Cancorosa (Maytenus ilicifolia), Macela (Egletes viscosa), Anador (Justiciapectoralis sp), Carqueja (Baccharis trimera) e Guaco (Mikania glomerata) são nativas do Brasil. Destas plantas Baccharis trimera, Maytenus ilicifolia e Mikania glomerata compõem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), sendo as folhas indicadas para uso. Quanto à transmissão dos conhecimentos e uso das plantas verificamos que ocorre através de rodas de conversas juntamente com o uso de outra planta medicinal, o Ilex paraguariensis que é utilizada no chimarrão. A multiplicidade de usos de algumas das espécies mencionadas demonstra o etnoconhecimento da população, o que resulta no registro desse conhecimento , adquirido no contato direto com o ambiente em que vivem, relevante contribuição para a preservação da biodiviersidade.","PeriodicalId":31954,"journal":{"name":"Revista Brasileira Multidisciplinar ReBraM Brazilian Multidisciplinay Journal","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira Multidisciplinar ReBraM Brazilian Multidisciplinay Journal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25061/2527-2675/rebram/2022.v25i1.1362","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O uso de plantas medicinais na recuperação da saúde tem evoluído ao longo do tempo, utilizadas pelo homem primitivo, até as mais sofisticadas formas tecnológicas adotadas pelo homem moderno. Representam uma importante ferramenta na promoção da saúde em muitas regiões do Brasil, e veem sendo investigadas também no estado de Santa Catarina. O presente trabalho teve como finalidade realizar um levantamento das plantas e o seu uso medicinal, junto aos moradores do município de Bandeirante-SC. Durante o período de janeiro a julho de 2019, uma amostra de 40 pessoas foram entrevistadas, escolhidas pela técnica conhecida como bola de neve (snowball sampling), utilizando um roteiro de entrevista estruturado, com questões abertas e fechadas, que abordou dados referentes às características pessoais como idade, escolaridade, tempo de residência no município e a utilização das plantas como remédio pelos moradores. Os entrevistados mencionaram 40 espécies distribuídas em 18 famílias e Lamiaceae (11), Asteraceae (09) foram as que apresentaram maior número de espécies. As plantas mais mencionadas como Gervão (Stachytarpheta cayennensis), Cavalinha (Equisetum hiemale), Mentinha (Hyptis atrorubens), Quebra Pedra (Phyllanthus niruri), Cancorosa (Maytenus ilicifolia), Macela (Egletes viscosa), Anador (Justiciapectoralis sp), Carqueja (Baccharis trimera) e Guaco (Mikania glomerata) são nativas do Brasil. Destas plantas Baccharis trimera, Maytenus ilicifolia e Mikania glomerata compõem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), sendo as folhas indicadas para uso. Quanto à transmissão dos conhecimentos e uso das plantas verificamos que ocorre através de rodas de conversas juntamente com o uso de outra planta medicinal, o Ilex paraguariensis que é utilizada no chimarrão. A multiplicidade de usos de algumas das espécies mencionadas demonstra o etnoconhecimento da população, o que resulta no registro desse conhecimento , adquirido no contato direto com o ambiente em que vivem, relevante contribuição para a preservação da biodiviersidade.