{"title":"“O QUE QUE NÓI VAMO FALÁ?\": SIGNIFICADOS SOCIAIS NA VARIAÇÃO/MUDANÇA DA EXPRESSÃO DE 1a PESSOA PLURAL EM DUAS COMUNIDADES RURBANAS MINEIRAS","authors":"Letícia Gaspar Pinto, Rosane de Andrade Berlinck","doi":"10.22456/2238-8915.122628","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo analisa, com base na Teoria da Variação e Mudança Linguísticas (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968 e LABOV, 1972, 1994, 2001), a variação/mudança na expressão da 1ª pessoa do plural no falar de duas cidades vizinhas, Cabo Verde-MG e Muzambinho-MG, que se caracterizam como comunidades rurbanas (BORTONI-RICARDO, 2004). Constatamos que o processo não segue as tendências gerais já atestadas em grandes centros urbanos: a gente não se apresenta como a variante dominante, nem está mais presente na fala dos mais jovens. Esse cenário se correlaciona com o conjunto específico de variantes (nós, nóis, nói, a gente) presentes no falar dessas comunidades e com os significados sociais vinculados localmente a essas formas: ruralidade (nói e nóis) e urbanidade (a gente), acessados por meio de um questionário de reações subjetivas.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"48 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Organon","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.122628","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este estudo analisa, com base na Teoria da Variação e Mudança Linguísticas (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968 e LABOV, 1972, 1994, 2001), a variação/mudança na expressão da 1ª pessoa do plural no falar de duas cidades vizinhas, Cabo Verde-MG e Muzambinho-MG, que se caracterizam como comunidades rurbanas (BORTONI-RICARDO, 2004). Constatamos que o processo não segue as tendências gerais já atestadas em grandes centros urbanos: a gente não se apresenta como a variante dominante, nem está mais presente na fala dos mais jovens. Esse cenário se correlaciona com o conjunto específico de variantes (nós, nóis, nói, a gente) presentes no falar dessas comunidades e com os significados sociais vinculados localmente a essas formas: ruralidade (nói e nóis) e urbanidade (a gente), acessados por meio de um questionário de reações subjetivas.