{"title":"A revalorização filosófica da visão comum de mundo segundo Porchat e o equilíbrio reflexivo e a solução de problemas em metafilosofia","authors":"Valter Alnis Bezerra","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2020.181246","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\nNeste texto investigamos a compatibilidade entre o ceticismo de Oswaldo Porchat (em suas duas fases: a filosofia da Visão Comum de Mundo e o neopirronismo) e outras duas ideias metafilosóficas gerais, a saber, o equilíbrio reflexivo e a visão de solução de problemas. Procuramos mostrar de que modo o ceticismo e as outras duas ideias são compatíveis e iluminam-se mutuamente, e sugerimos uma articulação entre elas. O equilíbrio reflexivo ajuda a compreender a relação de uma filosofia cética e pós-cética, primeiro, com a vida comum e, depois, com o domínio fenomênico. O enfoque de solução de problemas é a perspectiva metafilosófica resgatada por Porchat em sua fase neopirrônica. Mostramos que, se na primeira fase do ceticismo porchatiano, o que está em equilíbrio com a vida comum ainda são teses filosóficas (não dogmáticas, mas que tenham como condição de contorno o lastro na vida comum), na segunda fase o que se pretende que esteja em equilíbrio com o domínio fenomênico é outro tipo de unidade epistêmica — os problemas, nomeadamente, aqueles problemas filosóficos que sejam passíveis de retradução a esse domínio fenomênico e oriundos de uma dinâmica de certo tipo. Para levar a cabo a análise, é crucial investigar as noções de fenômeno e de objetividade em Porchat. O texto se encerra com considerações sobre o lugar do conhecimento científico na visão de Porchat. \n","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"CE-31 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Discurso y Sociedad","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2020.181246","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste texto investigamos a compatibilidade entre o ceticismo de Oswaldo Porchat (em suas duas fases: a filosofia da Visão Comum de Mundo e o neopirronismo) e outras duas ideias metafilosóficas gerais, a saber, o equilíbrio reflexivo e a visão de solução de problemas. Procuramos mostrar de que modo o ceticismo e as outras duas ideias são compatíveis e iluminam-se mutuamente, e sugerimos uma articulação entre elas. O equilíbrio reflexivo ajuda a compreender a relação de uma filosofia cética e pós-cética, primeiro, com a vida comum e, depois, com o domínio fenomênico. O enfoque de solução de problemas é a perspectiva metafilosófica resgatada por Porchat em sua fase neopirrônica. Mostramos que, se na primeira fase do ceticismo porchatiano, o que está em equilíbrio com a vida comum ainda são teses filosóficas (não dogmáticas, mas que tenham como condição de contorno o lastro na vida comum), na segunda fase o que se pretende que esteja em equilíbrio com o domínio fenomênico é outro tipo de unidade epistêmica — os problemas, nomeadamente, aqueles problemas filosóficos que sejam passíveis de retradução a esse domínio fenomênico e oriundos de uma dinâmica de certo tipo. Para levar a cabo a análise, é crucial investigar as noções de fenômeno e de objetividade em Porchat. O texto se encerra com considerações sobre o lugar do conhecimento científico na visão de Porchat.